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Varíola dos macacos: DF confirma mais 3 infecções e totaliza 296 casos

Nessa terça (25/10), o Brasil registrou a oitava morte pela varíola dos macacos e se tornou o país com maior número de vítimas pela doença

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Pessoa segurando fraco com adesivo com a palavra Monkeypox- Metrópoles
1 de 1 Pessoa segurando fraco com adesivo com a palavra Monkeypox- Metrópoles - Foto: David Talukdar/Getty Images

Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) notificou, nesta quinta-feira (27/10), mais três casos de infecção pela varíola dos macacos, também conhecida como monkeypox. De acordo com a pasta, no total, foram confirmados 296 casos da doença.

Na capital federal ainda não há mortes decorrentes da varíola dos macacos. Nessa terça-feira (25/10), o Brasil registrou a oitava morte pela doença e se tornou o país com maior número de vítimas no atual cenário epidêmico.

Do total de casos do DF, 284 dos pacientes são do sexo masculino e 12 do sexo feminino. Os exames laboratoriais descartaram outros 698 casos que estavam em investigação. Há ainda 258 casos suspeitos sendo investigados.

A maior parte dos casos está na faixa etária de 20 a 39 anos.

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Concebida para agir contra a varíola humana, erradicada na década de 1980, a vacina contra a condição também serve para evitar a contaminação pela varíola dos macacos, por serem doenças muito parecidas
Tanto o vírus causador da varíola humana quanto o causador da varíola dos macacos fazem parte da família "ortopoxvírus". A vacina, portanto, utiliza um terceiro vírus desta família, que, além de ser geneticamente próximo aos supracitados, é inofensivo aos humanos e ajuda a combater as doenças, o vírus vaccinia
Homens que fazem sexo com outros homens e as pessoas que tiveram contato próximo com um paciente infectado foram consideradas prioritárias para o recebimento das doses
Atualmente, existem duas vacinas em uso contra a varíola dos macacos no mundo: a Jynneos, fabricada pela farmacêutica dinamarquesa Bavarian Nordic, e a ACAM2000, fabricada pela francesa Sanofi
A Jynneos é administrado como duas injeções subcutâneas (0,5 mL) com 28 dias de intervalo. A resposta imune leva 14 dias após a segunda dose
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A Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), agência internacional dedicada a melhorar as condições de saúde dos países das Américas, destinou lotes de doses da vacina contra a varíola dos macacos a diversas nações, incluindo o Brasil. Segundo especialistas, o esquema vacinal dos imunizantes é de duas doses com intervalo de cerca de 30 dias entre elas

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Concebida para agir contra a varíola humana, erradicada na década de 1980, a vacina contra a condição também serve para evitar a contaminação pela varíola dos macacos, por serem doenças muito parecidas

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Tanto o vírus causador da varíola humana quanto o causador da varíola dos macacos fazem parte da família "ortopoxvírus". A vacina, portanto, utiliza um terceiro vírus desta família, que, além de ser geneticamente próximo aos supracitados, é inofensivo aos humanos e ajuda a combater as doenças, o vírus vaccinia

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Homens que fazem sexo com outros homens e as pessoas que tiveram contato próximo com um paciente infectado foram consideradas prioritárias para o recebimento das doses

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Atualmente, existem duas vacinas em uso contra a varíola dos macacos no mundo: a Jynneos, fabricada pela farmacêutica dinamarquesa Bavarian Nordic, e a ACAM2000, fabricada pela francesa Sanofi

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A Jynneos é administrado como duas injeções subcutâneas (0,5 mL) com 28 dias de intervalo. A resposta imune leva 14 dias após a segunda dose

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A ACAM2000 é administrado como uma dose percutânea por meio de técnica de punção múltipla com agulha bifurcada. A resposta imune leva 4 semanas

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A vacinação contra a mpox é uma estratégia indicada tanto para a prevenção e defesa quanto para ensinar o corpo a combater o vírus antes de uma infecção

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Devido ao aumento dos casos em diversos países, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou a doença como emergência de saúde pública global

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Entre os sintomas da condição estão: febre, dor de cabeça, dor no corpo e nas costas, inchaço nos linfonodos, exaustão e calafrios. Também há bolinhas que aparecem no corpo inteiro (principalmente rosto, mãos e pés) e evoluem, formando crostas, que mais tarde caem

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A transmissão do vírus ocorre, principalmente, por meio do contato com secreções respiratórias, lesões de pele das pessoas infectadas ou objetos que tenham sido usados pelos pacientes. Até aqui, não há confirmação de que ocorra transmissão via sexual, mas a hipótese está sendo levantada pelos cientistas

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O período de incubação do vírus varia de sete a 21 dias, mas os sintomas, que podem ser muito pruriginosos ou dolorosos, geralmente aparecem após 10 dias

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A doença

A fim de suprimir dúvidas quanto à transmissão da monkeypox, o Metrópoles explica quatro mitos sobre o assunto:

Mito 1: “Apenas homens gays e bissexuais correm risco de pegar a doença”

Qualquer pessoa que viva ou tenha contato próximo com um paciente com feridas ou bolhas provocadas pelo vírus monkeypox corre risco de se infectar. Isso inclui parentes, parceiros afetivos e sexuais, bem como profissionais da saúde, independentemente do gênero ou da orientação sexual.

O presidente da Sociedade de Infectologia do Distrito Federal, José David Urbaez, explica que o início da transmissão da doença coincidiu com grandes eventos do calendário do orgulho gay e que o vírus encontra nas aglomerações o ambiente perfeito para se disseminar.

“Esse grupo de pessoas, por uma circunstância, estava em maior risco. Poderia ter sido no Carnaval. Muitos fatores fizeram com que o vírus encontrasse uma forma mais eficiente de transmissão. Isso não quer dizer que tenha relação com a orientação sexual”, afirma.

Mito 2: “O vírus não é transmitido pelo ar; logo, não preciso fazer isolamento”

O isolamento faz parte das medidas para conter o surto. O paciente deve permanecer em quarentena por cerca de 21 dias três ou até que todas as lesões estejam completamente cicatrizadas e sem casquinhas, segundo José David Urbaez.

Mito 4: “A varíola dos macacos tem alto risco de morte”

Embora a doença possa causar quadros graves — com dor intensa causada pelas lesões na pele, acometimento da mucosa retal e cicatrizes permanentes por todo o corpo —, a taxa de mortalidade pela infecção do vírus monkeypox está abaixo de 1%.

“Felizmente, a doença tem letalidade muito baixa. Em alguns países da África, a letalidade é mais alta pela falta de acesso ao diagnóstico e ao tratamento, situação completamente diferente da nossa realidade”, pondera José David Urbaez.

Pessoas com o sistema imunológico comprometido, recém-nascidos e crianças muito novas correm risco de desenvolver quadros mais graves quando infectadas. No entanto, na maioria dos casos, os sintomas evoluem e desaparecem por conta própria em algumas semanas.

“No passado, entre 1% e 10% das pessoas com varíola dos macacos morreram. É importante notar que as taxas de mortalidade em diferentes contextos podem diferir devido a uma série de fatores, como o acesso aos cuidados de saúde”, comunicou a OMS.

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