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Vacinação contra dengue: DF está entre prioridades do governo federal

Ministério da Saúde divulgou plano de ação nacional contra a doença, e DF entrou na lista de áreas com prioridade para receber vacinação

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Afetado por uma nova explosão de casos da dengue, inclusive com mortes, o Distrito Federal entrou na lista de prioridades do Ministério da Saúde para receber as vacinas contra a doença.

A pasta federal anunciou, nesta quinta-feira (25/1), as ações de enfrentamento à doença. A campanha de vacinação contra a virose começa em fevereiro, com especial atenção para as regiões endêmicas, em 521 municípios brasileiros (9% do total).

A escolha das prioridades seguiu três critérios: municípios de grande porte (com mais de 100 mil habitantes); com alta transmissão da dengue registrada em 2023; e com maior predominância de casos do tipo 2 (Denv-2).

Dezesseis estados e o Distrito Federal preencheram pelo menos um dos requisitos. Na semana entre 14 e 22 de janeiro, por exemplo, a capital do país passou de 7.329 casos prováveis de dengue para 16.079.

Os dados constam no boletim epidemiológico da Secretaria de Saúde (SES-DF) divulgado na terça-feira (23/1). Além disso, a capital federal teve três mortes provocadas pela doença confirmadas. Outras 15 são investigadas.

Crianças e adolescentes

No primeiro momento, o público-alvo imunizado será a população de 10 a 14 anos, faixa etária que concentra o maior número de hospitalizações por dengue, segundo o ministério, depois dos idosos.

No caso das pessoas com mais de 60 anos, ainda não há recomendação pela imunização por parte da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Os estados com mais municípios considerados prioritários foram: Goiás (134), Bahia (115), Mato Grosso do Sul (79) e Paraná (30).

A farmacêutica Takeda, responsável pela fabricação da vacina Qdenga, tem capacidade limitada de fornecimento das doses para este ano. O esquema de imunização exige duas doses, com intervalo de três meses entre elas.

Estratégias

A ministra da Saúde, Nísia Trindade, detalhou que as regiões Centro-Oeste, Sudeste e parte do Nordeste concentram aumento expressivo no número de casos da doença. “Tínhamos um prognóstico de aumento de casos, o que tem se confirmado, mas ele não se dá de maneira uniforme”, declarou.

Eder Gatti, diretor do Programa Nacional de Imunizações (PNI), ressaltou que a disponibilização da vacina se une a um conjunto de outras estratégias. “Mesmo quem é vacinado não pode abrir mão de outras estratégias, do cuidado individual”, enfatizou.

O Brasil pode bater recordes na quantidade de casos e mortes por dengue em 2024, segundo estimativas da pasta. Os casos da doença podem variar de 1,7 milhão a 5 milhões, com média de 3 milhões.

A variabilidade resulta de uma combinação de fatores, como calor intenso, chuvas abundantes e ressurgimento dos sorotipos 3 e 4 do vírus causador da doença. A previsão do Ministério da Saúde é vacinar 3,2 milhões de pessoas neste ano.

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