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“Vacina faz bem”: crianças contam o que sentiram após D1 contra Covid

O Metrópoles entrevistou oito pequenos, e a única queixa sobre sintomas pós-vacinação infantil foi o braço dolorido no local da aplicação

atualizado

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Rafaela Felicciano/Metrópoles
Criancas e sintomas da vacina contra covid
1 de 1 Criancas e sintomas da vacina contra covid - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Uma semana depois do início da vacinação infantil contra a Covid-19 no Distrito Federal, enquanto parte da população adulta ainda não se imunizou, as crianças da capital da República estão enfrentando com coragem o medo da agulha para lutar pelo fim da pandemia do novo coronavírus.

O uso da vacina em pequenos entre 5 e 11 anos, no entanto, tem gerado debates familiares acirrados, e muitos pais estão à espera de ver a reação do imunizante na primeira leva do público infantil.

Em algumas regiões administrativas do DF, inclusive, a taxa de vacinação infantil está abaixo do esperado. Por isso, o Metrópoles percorreu diversos pontos de imunização nos últimos dias e entrevistou oito crianças que relataram como se sentiram após a primeira dose.

Confira fotos dos pequenos já imunizados:

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Francisco Pussi e o pai, Luis. “Ele não teve medo nenhum. O meu sentimento, como pai, é o melhor. Queríamos nos sentir mais seguros. Vencemos uma barreira. Vacinamos eles, antes mesmo de contraírem a doença”, comemorou
Francisco Lobo sentiu apenas uma dor no braço
Daniela Lobo e o filho
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Francisco Pussi, 8 anos

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Francisco Pussi e o pai, Luis. “Ele não teve medo nenhum. O meu sentimento, como pai, é o melhor. Queríamos nos sentir mais seguros. Vencemos uma barreira. Vacinamos eles, antes mesmo de contraírem a doença”, comemorou

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Francisco Lobo sentiu apenas uma dor no braço

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Daniela Lobo e o filho

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Em todos os casos, a única queixa de sintomas pós-vacinação é o braço dolorido no local da aplicação. Além de exemplo, os pequenos ainda deram um bonito recado para aqueles que não se imunizaram.

“Vacina faz bem. Eu esperei por muito tempo para tomar a minha dose. Sem a vacina, não acaba a pandemia. Tem que tomar para ter proteção. Eu fiz exercício físico depois da aplicação e só fiquei com o braço um pouco dolorido mesmo”, relatou o pequeno Francisco Lobo (foto de destaque), de 10 anos.

A produtora cultural Daniela Lobo, mãe de Francisco, definiu o momento com a frase: “Só alegria”. “No primeiro dia, eu fiquei com ele em casa em observação. Mas não teve nenhuma reação, realmente só o braço dolorido”, complementou.

A sensação de alívio ao ver os filhos vacinados é imensa não só para pais e responsáveis, mas para os pequenos. Guilherme Araújo Silva de Alcântara, 9, recebeu a D1 da Pfizer na Unidade Básica de Saúde (UBS) n° 1 do Guará, na última quarta-feira (19/1).

“Eu não senti reação nenhuma. Pode tomar para se proteger e não pegar esse vírus”, declarou.

Assista ao relato de Guilherme:

Os irmãos Henrique, 11, e Francisco Pussi Cavalcante, 8, filhos do professor Luis Edvar Cavalcante Filho, 50, também tiveram um pós-vacina tranquilo. O mais velho tomou o imunizante no domingo (16/1), e o menor, na última quarta (19/1). Francisco comemorou imitando o atleta jamaicano Usain Bolt.

“Henrique não sentiu nem dor no braço. Essa foi a única queixa do Francisco. Eles se comportaram normalmente, e eu não esperava nada diferente disso”, disse o professor. “A vacina é cientificamente testada. Existem processos que garantem a eficácia e segurança. As pessoas precisam ter consciência disso e vacinar as suas crianças”, encorajou Luis.

Letícia Zoé Cardoso Gripp, 8, foi imunizada na quinta-feira (20/1) e também não teve sintomas ruins. Nas redes sociais, a mãe dela, a fotógrafa Mari Cardoso, 32, fez um emocionante relato.

“Eu chorei. Uma esperança humana que Deus nos dá através da ciência. A chance de não sermos a causa da morte de alguém ou de não vermos quem amamos definhando entre remédios e tratamentos paliativos”, escreveu.

Veja o recado de Zoé, após a imunização, para outras crianças:

Emoção

A menina Helena Rocha, 8, comoveu pais e outras crianças da fila ao chegar para receber a vacina contra a Covid-19, na manhã de quarta-feira, na UBS 1 do Guará. A pequena perdeu a mãe para a doença em outubro do ano passado.

Helena chamou a atenção pela força do depoimento que carregava. Ela levou uma foto da mãe com os dizeres: “Eu me vacino! Por mim e por minha mãe, que não teve a chance de se vacinar! Mayara, presente! #nãoésóumagripezinha“.

Mayara morreu aos 33 anos. Ela contraiu o novo coronavírus em julho de 2021 e, após 77 dias internada, não resistiu.

Segundo Ailton Fonseca, avô da menina e pai de Mayara, Helena brincou na piscina e passou os dias bem-disposta após tomar o imunizante.

“Me sinto muito bem. Tive uma dorzinha no local da vacina e mais nada”, comemorou.

Marcela Diniz também tem 8 anos e não sentiu nada com a aplicação. “Ela está ótima”, afirmou a mãe, a professora Lúcia Helena Diniz Cavalcante, 41.

“A ansiedade era grande. Acredito que maior pelos próprios pais do que pelos pequenos. Agora, ela está mais segura. Tem liberdade de ir para a escola, brincar com os coleguinhas. Representa segurança para todos. Família, amigos e professores”, comentou Lúcia.

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Ailton Fonseca, Helena Rocha e Rosemary Rocha
Marcela Diniz levou um ursinho na hora da aplicação
Marcela com a mãe, Lúcia
Luciana Corrêa e o filho Ítalo Corrêa
Ítalo Corrêa
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Helena Rocha, 8, se vacinou com uma foto em homenagem à mãe

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Ailton Fonseca, Helena Rocha e Rosemary Rocha

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Marcela Diniz levou um ursinho na hora da aplicação

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Marcela com a mãe, Lúcia

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Luciana Corrêa e o filho Ítalo Corrêa

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Ítalo Corrêa

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Após se imunizar contra a Covid-19, o menino Ítalo Corrêa, 8, disse que se sente “mais protegido”. Ao ser questionado sobre o que acha da imunização, respondeu: “Acho importante. Sinto que estou mais protegido e seguro contra a Covid-19.”

A mãe dele, a jornalista Luciana Corrêa, 38, comentou encarar a aplicação contra a Covid-19 como qualquer outra vacinação.

“O Ítalo só teve essa dorzinha no braço, bem prevista como qualquer outra vacina. Encaro a imunização como um processo de suma importância pra saúde. Sem elas, desde bebê, o que seria de todos nós?”, refletiu.

“Assim, o ensinei. Mostrei o cartão de vacinação e quantas ele já tinha tomado. Quando falei que havia chegado o dia ele: ‘Eba! Vamos acordar cedo amanhã mamãe, umas 6h30, pra pegar a fila e já tomar logo’. Mesmo ele sendo meio medroso com agulhas”, relatou.

Campanha

De acordo com dados da Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan), no DF vivem 115.428 crianças na faixa de 8 a 10 anos. Na faixa dos 11, são 40.094.

Até o momento, foram mais de 7 mil doses infantis aplicadas. Em pontos de imunização específicos da Secretaria de Saúde do DF, é possível vacinar os pequenos contra o coronavírus. A proteção contra a Covid-19 continua nos próximos dias para crianças a partir de 8 anos ou entre 5 e 7 anos – que tenham alguma comorbidade ou deficiência.

Para as crianças com comorbidades ou deficiência permanente, é preciso apresentar laudo médico comprovando a condição clínica, de acordo com a lista de comorbidades indicadas como prioridade. Crianças que tenham recebido outros imunizantes recentemente devem esperar 15 dias para tomar a vacina contra a Covid-19.

Após a imunização é importante esperar 20 minutos no local para observação. O intervalo entre a 1ª e a 2ª dose deverá ser de oito semanas para o público infantil entre 5 e 11 anos. Caso a criança complete 12 anos durante o intervalo, ela deverá tomar a dose pediátrica.

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