Passageiros reclamam da falta de segurança no metrô. Veja vídeo
Imagens mostram um homem se pendurando na estrutura de um vagão e correndo e gritando pela Estação Águas Claras. Metrô alega falta de efetivo para fiscalização constante
atualizado
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Os usuários do Metrô-DF estão preocupados com a segurança no local. Um leitor, que preferiu não se identificar, enviou ao Metrópoles uma série de vídeos em que um passageiro se pendura na estrutura do vagão, corre e grita pela estação. Ele chega a se aproximar demais da vala por onde passam os trens. As imagens foram gravadas em um vagão e na Estação Águas Claras na noite de terça-feira (16/2).
Preocupado com a situação dos usuários, o leitor questionou: “Cadê o corpo de segurança metroviária?”. “O metrô é um transporte de massa fundamental em Brasília e parece que falta segurança. Era necessário o corpo de segurança até para proteger este rapaz”, completou na denúncia.
O Metrô-DF informou que 160 agentes de segurança atendem 150 mil usuários do sistema metroviário diariamente. “Em casos como esse, há como tentar impedir o usuário de praticar atos quando há agentes próximos. Mas não há efetivo suficiente para estar presente nas 24 estações e nos 42,5km de trilhos no período de funcionamento do metrô”, esclareceu a companhia, em nota.
“O efetivo está realmente precário. A quantidade de funcionários não é suficiente para fazer uma ronda mínima no metrô, que é muito extenso. Temos a necessidade urgente de chamar os aprovados no concurso”, defendeu Quintino Santos Sousa, diretor do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Metroviários do Distrito Federal (SindMetro-DF).
É uma questão de segurança pública. Da mesma forma que o cidadão deve ter segurança nas ruas, ele tem o direito de tê-la quando está no metrô
Quintino Santos Sousa, diretor do SindMetro-DF
Sousa relembrou casos como ocorridos no carnaval, quando duas pessoas foram esfaqueadas em um vagão na Estação Central, na Rodoviária do Plano Piloto, e três trens foram depredados na Estação Shopping.
Contratações
O metrô informou ainda que continua trabalhando acima do limite prudencial estabelecido pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) de gastos com o pessoal. O índice atual é de 46,78%, quando o permitido é de 46,55%. “Ainda que tenhamos conseguido reduzir os gastos, continuamos impedidos de fazer novas contratações”, acrescentou, por meio de nota. Enquanto isso, a companhia garante que as ações preventivas nos vagões e nas estações serão intensificadas para garantir a segurança dos usuários.
Na quarta (17), o Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF) suspendeu a licitação para a contratação de empresa de vigilância armada no metrô.