Universitária é detida por chefiar grupo que vendia remédio abortivo na internet
Jovem, de 24 anos, foi flagrada em Salvador (BA), em operação conjunta da PCDF com a polícia civil baiana
atualizado
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A Delegacia Especial de Repreensão aos Crimes Cibernéticos (DRCC) deflagrou, na manhã desta quinta-feira (12/8), Operação Sexto Dia, que terminou com uma estudante de medicina veterinária, de 24 anos, detida. Ela é apontada como a cabeça de um grupo que vendia medicamento abortivo para todo Brasil. A suspeita fazia todas as negociações via internet.
O mandado de busca foi cumprido em Salvador (BA). Segundo as investigações, a autora agia com apoio de um homem que trabalha em farmácia. A associação criminosa criava e administrava perfis de apoio à mulher em redes sociais e, lá, informam a possibilidade de “aborto seguro”, com utilização do medicamento Cytotec.
A estudante disse à polícia que realizava a venda dos medicamentos para todo território nacional. A jovem teria assumido que possuía uma página na rede social e que por lá trocava contato com os clientes, onde vendia uma cartela com 12 comprimidos por R$ 4 mil.
Os interessados preenchiam um formulário e por meio do documento a suspeita citava as possibilidades de aborto, até 12 semanas de gestação. Ela, ainda, dividia o valor do serviço em até 12 vezes.
A jovem será indiciada pelo crime de venda e exposição à venda de produtos destinados a fins medicinais, de procedência ignorada e pode pegar até 15 anos de prisão.
Remédio
O Cytotec é um medicamento que tem na sua composição o misoprostol, substância utilizada como indutor de aborto. A Anvisa, por meio da Portaria SVS nº 344/1988, estabelece que as vendas de medicamentos à base dessa substância fiquem restritas a estabelecimentos hospitalares devidamente cadastrados e credenciados junto à Autoridade Sanitária competente.