UnB: servidores se reunirão com Gilmar Mendes para discutir cortes nos salários
Sindicato da UnB busca a suspensão de medida que cortava pagamentos de salários, que gera redução de até 26% na remuneração dos servidores
atualizado
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O Sindicato dos Trabalhadores da Fundação Universidade de Brasília (Sintfub) terá uma reunião com Gilmar Mendes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), para defender a suspensão de medida que corta pagamentos de salários. De acordo com o sindicato, na prática, a decisão significa a redução de 26% na remuneração dos servidores técnico-administrativos da UnB.
A reunião com Mendes está marcada para esta quarta (7/6), às 18h. Na última segunda-feira, o Sintfub apresentou recurso para garantir a retomada imediata do pagamento.
“A redução salarial impacta negativamente a vida de mais de cinco famílias no Distrito Federal, afetando de maneira dramática a situação financeira dos aposentados. A atual situação dos servidores técnicos administrativos contribui para a precarização do funcionamento de uma das mais importantes universidades públicas brasileiras”, indicou o sindicato.
Greve
Atualmente, a instituição conta com 4.519 servidores técnicos, sendo 3.053 servidores na ativa e 1.466 aposentados. A greve, no entanto, não atinge na totalidade os serviços de segurança patrimonial, folha de pagamento, Hospital Universitário e Veterinário, além da alimentação das plantas e animais da instituição.
Por meio de nota, o Sintfub informou que a suspensão do pagamento representa prejuízo real na qualidade de vida de todos os servidores, com a redução da aquisição de alimentos, vestuário, remédio e pagamento de aluguel.
Diante do impacto da decisão para a categoria, a Coordenação Geral do Sintfub acionou todos os setores envolvidos: reitoria, representantes legislativos, tanto do DF quanto do governo federal, além das representações jurídicas e politicas ligadas à universidade e educação.
“Nós acreditamos que o movimento tem colocado toda a comunidade na defesa da manutenção da URP. Fomos recebidos em várias estruturas do governo. Entendemos que essa retirada do benefício é mais um ataque à UnB, que tem sofrido com os cortes dos orçamentos e verbas”, pontou o coordenador geral do Sintfub, Edimilson Lima.
Segundo Lima, a pauta da assembleia que marca o início da paralisação era para mobilizar a categoria na luta pela permanência do benefício sobre os salários.