UnB discute se retoma aulas totalmente presenciais no próximo semestre
Proposta foi apresentada e prevê atividades acadêmicas ocorrendo quase que totalmente de forma presencial. Votação será em 31 de março
atualizado
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O Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Cepe) da Universidade de Brasília (UnB) avalia uma proposta de previsão de retorno das atividades acadêmicas presenciais. O documento, entregue nesta semana, prevê a progressão para etapa 3 do plano de retomada da universidade, com atividades acadêmicas ocorrendo quase que totalmente de forma presencial.
O formato remoto seria mantido em situações excepcionais, como no caso de docentes em trabalho remoto por definição legal ou quando não houver sala de aula disponível, na unidade ou em espaços de uso comum. A resolução foi discutida na quinta-feira (10/3) e será votada em 31 de março, após as contribuições das unidades acadêmicas.
Caso aprovada, a proposta acaba com a possibilidade de retirada de disciplinas até o último dia do semestre. Os trancamentos serão autorizados desde que sejam justificados e solicitados, no máximo, com 75% do semestre letivo em curso. Os pedidos apresentados após esse prazo serão submetidos a análise. Os cursos de Pós-Graduação poderão realizar processos seletivos de forma remota.
“A proposta é darmos um passo firme em direção à normalização das atividades acadêmicas da UnB a partir de 6 de junho. Somos uma instituição de ensino presencial, com 138 cursos de graduação presencial e 94 programas de pós-graduação presenciais”, disse o vice-reitor Enrique Huelva, que presidente o Cepe.
Ele ressaltou que os números da pandemia de Covid-19 demonstram uma situação favorável para a retomada presencial e que o Comitê de Coordenação das Ações de Recuperação (Ccar) irá atualizar a orientação referente ao uso dos espaços, já que a recomendação em vigor foi elaborada para as etapas iniciais da pandemia, em outra situação epidemiológica e quando ainda não havia vacina no Brasil.
UnB continuará cobrando uso de máscaras e comprovante de vacinação
A orientação será para que as turmas retornem de acordo com os limites da capacidade original das salas de aula, evitando superlotações. Se a demanda de alunos for maior que o limite de ocupação da sala de aula, será possível ofertar turmas adicionais remotas.
O representante do Diretório Central dos Estudantes (DCE) Honestino Guimarães, André Doz, relatou que, de acordo com uma pesquisa aplicada pelo diretório, 80% de 7.781 estudantes responderam que houve piora no ensino desde a ida para o on-line. “Isso não se deve ao nosso quadro docente, isso se deve ao modelo remoto e outras dificuldades impostas pela pandemia”, ressaltou. “Essa indicação de maior presencialidade é vista com muito bons olhos pelo movimento estudantil. Sabemos que há um movimento de institucionalizar o ensino remoto nas universidades”, disse.
De acordo com ele, a exigência de comprovação de vacinação para acesso aos espaços da universidade traz segurança para o retorno e representa uma vitória do movimento estudantil e da Universidade.
UnB continuará cobrando uso de máscaras e comprovante de vacinação
A universidade está preparando um edital para compras de máscaras PFF2 para distribuir aos estudantes da assistência estudantil e organizando uma complementação da ajuda de custo concedida no início da pandemia para os custos da viagem (ida e volta) dos estudantes em situação de vulnerabilidade socioeconômica que retornaram para as suas cidades em outros estados em 2020.