Um mês após implantação, TáxiGov do GDF já atende 325 servidores
Dos 246 carros alugados pelo Buriti, 11 foram devolvidos e outros 103 estão bloqueados para retorno, nos próximos dias, às locadoras
atualizado
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Pouco mais de um mês após o Governo do Distrito Federal aderir ao sistema Táxigov, até agora 325 servidores estão cadastrados e autorizados a usar o novo modelo para locomoção oficial. A informação é da Secretaria de Economia, que, desde o ano passado, vem trabalhando com a intenção de reduzir os custos com aluguéis de veículos e manutenção da frota própria usados para transporte oficial.
Embora o número ainda seja modesto, o Palácio do Buriti começou a transição dos modelos e entregou 11 carros às locadoras. Outros 103 estão bloqueados para a devolução nos próximos dias. Até março, o governo espera ter implantado totalmente o aplicativo nas estruturas locais. O DF aderiu ao padrão usado pelo Ministério da Economia.
“O serviço prevê a substituição gradual dos 246 carros alugados pelo Executivo local, começando com 25% em janeiro de 2020. Após um ano com o novo modelo para deslocamento em funções de atividade de trabalho, a economia será de R$ 11 milhões por ano aos cofres públicos”, estima a pasta, em nota encaminhada à coluna.
O Táxigov é um sistema acionado por meio de um aplicativo de transporte, por celular ou computador, no site www.taxigov.gov.br. É um modelo semelhante ao do Uber, 99, Cabify e outros do mercado. Neste caso, contudo, é gerenciado pela empresa VIP Service Club Locadora e Serviços Ltda.
O servidor baixa o app e faz um cadastro. Em seguida, solicita autorização à chefia direta para se locomover e realizar atividades em local diverso do seu posto de trabalho. Além da redução de gastos, o aplicativo registra as viagens do servidor, paradas, atividades de ida e volta o que evitará o mal uso dos veículos oficiais, como revelaram reportagens do Metrópoles.
“A utilização do Táxigov reduzirá custos e aumentará a transparência. A frota de veículos e seus custos vão diminuir. Os recursos economizados serão gastos em saúde, educação e obras”, afirmou o secretário André Clemente.
Controle
Para a modalidade, os usuários têm que avaliar a corrida do motorista (realizada no próprio celular do condutor). Além disso, todos os deslocamentos precisam ser atestados pelos gestores e chefias diretas do transportado. Caso o meio de transporte seja utilizado de forma irregular, o servidor estará sujeito a Processo Administrativo e às sanções da Lei n° 840 de 2011.
O gestor também poderá abrir um chamado para o transporte do funcionário público, desde que se responsabilize pela legitimidade da corrida. Pelo sistema, o motorista tem até 15 minutos para comparecer ao local solicitado e pode esperar por até 10 minutos para o embarque do usuário.
Levantamento realizado pela Subsecretaria de Contratos Corporativos da Secretaria de Economia mostra que o custo do quilômetro rodado pela frota de veículos locados durante 2018 foi de R$ 4,75. Por outro lado, o dispêndio do quilômetro no novo modelo TáxiGov é de R$ 2,91, o que representará uma economia de quase 40%.
De acordo com a pasta, o valor total do novo contrato é de R$ 2,9 milhões para o período de 12 meses. Como o pagamento é feito de acordo com a utilização, os gastos mensais realizados sob demanda ficariam em torno de R$ 200 mil. Com a redução dos gastos esperada, o valor pode ser diminuído para R$ 120 mil, o que representa uma economia aproximada de R$ 80 mil mensais.
Modelo da União
Após ser eleito, o governador Ibaneis Rocha (MDB) adiantou a intenção de aderir ao sistema usado pelo governo federal, que desde 2017 – ainda na gestão de Michel Temer (MDB) – faz a transição dos modelos. À época, a União previu uma economia até a implantação total do Táxigov de R$ 20 milhões por ano (60% em relação ao modelo anterior).