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Um mês após ganhar HC, “Novo Lázaro” teria cometido triplo homicídio

Antônio Amorim Barbosa é suspeito em cinco homicídios e dois latrocínios, sendo responsável pela morte de pelo menos sete pessoas

atualizado

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Imagem colorida de Antonio Luis Amorim Barbosa
1 de 1 Imagem colorida de Antonio Luis Amorim Barbosa - Foto: PM-GO

Um mês após receber habeas corpus referente a um homicídio ocorrido em 2015, Antônio Luis Amorim Barbosa (foto em destaque), de 36 anos, chamado pela Polícia Militar de Goiás (PMGO) de “Novo Lázaro”, teria assassinado três pessoas em uma casa de acolhimento em Senador Canedo, Goiás.

O crime aconteceu em julho deste ano, dias após o suspeito deixar a prisão. Conforme consta em um documento publicado pelo Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO), o homem estava preso desde maio último por outro homicídio praticado por ele em 2015. À época do assassinato, Antônio atraiu a vítima, com quem tinha desavenças, e simulou uma tentativa de reconciliação para conseguir matá-la.

A sentença que garantiu liberdade de Barbosa, com data de 13 de junho, considerou que o réu não deveria permanecer preso, já que o assassinato teria acontecido há 9 anos. De acordo com a decisão, não era possível determinar que Antônio voltaria a “violar a ordem pública”.

Metrópoles apurou que, até o momento, o homem tem cinco acusações de homicídio e duas de latrocínio. Na ficha criminal dele, informada pela PMGO, ainda consta o registro de uma lesão corporal.

Confira um trecho da sentença:

Imagem em preto e branco de uma decisão judicial - Metrópoles

Procurado, o Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO) disse que, “pelo artigo 41 da Lei Orgânica da Magistratura Nacional, os magistrados têm autonomia e independência funcional, portanto não comenta decisões”. “[O TJGO] Esclarece, ainda, que o meio recursal é o mais adequado para o questionamento de decisões judiciais”, disse a Corte, em nota.

 

Traços de sociopatia

Em um segundo processo vinculado a Barbosa, testemunhas descreveram o criminoso como alguém com “baixo senso de justiça e indiferente à dor do próximo, o que beira à sociopatia”.

Os relatos foram proferidos durante um Tribunal do Júri referente a outro homicídio imputado a Antônio, também cometido em 2015. Nesse caso, o réu matou Bruno Manoel da Silva Carlos a pedradas em frente a um restaurante na Avenida Rui Barbosa, em Luziânia, no Entorno do Distrito Federal, depois de uma confusão. Ele foi detido pelo crime e teve a prisão temporária convertida em preventiva.

Na ata da audiência, um juiz disse que, se colocado em liberdade, o homem, cuja “periculosidade” foi definida como “concreta”, representaria perigo às testemunhas.

Levado a júri popular, Antônio teve a “conduta social” caracterizada como “voltada para prática criminosa”, conforme declarações.

O criminoso foi condenado em 4 de outubro último a 18 anos e 8 meses de prisão por homicídio cometido por motivo fútil e cruel.

Longa ficha criminal

Em liberdade desde junho deste ano, o condenado foi preso no Jardim Ingá, em Luziânia, município goiano no Entorno do Distrito Federal, no sábado (26/10).

O morador de rua foi encontrado após uma denúncia anônima que o identificou, e foi detido em referência a um mandado que estava em aberto desde o último dia 18.

Conforme a PMGO, Antônio deixou um rastro de violência e destruição por, pelo menos, quatro municípios de Goiás: Anápolis, Aparecida de Goiânia, Pirenópolis e Senador Canedo.

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