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Um dia após triplo homicídio, PCDF segue em busca de mulher desaparecida

Principal hipótese é de que Cleonice Marques tenha sido sequestrada pelo autor das três mortes na Fazenda Vidal, no Incra 9, diz polícia

atualizado

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Arquivo pessoal
Cleonice Marques, mulher desaparecida
1 de 1 Cleonice Marques, mulher desaparecida - Foto: Arquivo pessoal

Os investigadores da 24ª Delegacia de Polícia (Setor O), com o apoio da Divisão de Repressão ao Sequestro (DRS), continuam nesta quinta-feira (10/6) a procurar por Cleonice Marques (foto em destaque), 43 anos, que presenciou a morte do marido e dois filhos na Fazenda Vidal, no Incra 9, na madrugada dessa quarta-feira (9/6).

A principal hipótese, segundo a polícia, é de que Lázaro Barbosa de Sousa, 32 anos, tenha cometido o triplo homicídio e sequestrado Cleonice. O delegado-chefe da 24ª Delegacia de Polícia (Setor O), Raphael Seixas, disse que a digital do provável autor foi identificada na cena do crime.

Nessa quarta, o Corpo de Bombeiros chegou a ser acionado pela PCDF para tentar localizar a mulher. Foi solicitado o apoio de helicóptero e cães farejadores para procurá-la.

O triplo homicídio

Tudo aconteceu muito rápido. Parentes chegaram no local cerca de 10 minutos depois do chamado da mulher, mas já encontraram os corpos de Gustavo Marques Vidal, 21, e Carlos Eduardo Marques Vidal, 15, em um quarto. Cláudio Vidal de Oliveira, 48, ainda conseguiu avisar o que tinha ocorrido, mas não resistiu aos ferimentos e também morreu.

As vítimas foram encontradas com marcas de tiro e facadas, mas não há indícios de que algo tenha sido levado da residência. Segundo o Seixas, os celulares das vítimas estavam em casa e porções de dinheiro também foram encontradas.

Veja fotos do local do crime e de Cleonice:

8 imagens
Local do triplo homicídio, na Fazenda Vidal
Delegado Raphael Seixas
Casa da família Vidal
Carlos Eduardo Marques Vidal
Cláudio Vidal de Oliveira
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Lázaro é suspeito de praticar o quádruplo homicídio e está sendo procurado

Reprodução/PCDF
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Local do triplo homicídio, na Fazenda Vidal

Material cedido ao Metrópoles
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Delegado Raphael Seixas

Luísa Guimarães/Metrópoles
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Casa da família Vidal

Material cedido ao Metrópoles
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Carlos Eduardo Marques Vidal

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Cláudio Vidal de Oliveira

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Gustavo Marques Vidal

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Cleonice Marques de Andrade

Outros crimes

Lázaro Barbosa já é investigado na Delegacia Especial de Atendimento à Mulher 2 (Deam 2)  pelo crime de roubo seguido de estupro. No dia 26 de abril deste ano, ele teria abordado uma mulher no Sol Nascente e a violentado.

Segundo a polícia, ele já residiu no Sol Nascente e em Águas Lindas (GO), no Entorno do DF, mas atualmente não tem endereço fixo e trabalha como carroceiro. A PCDF investiga se há participação de outras pessoas no crime.

Há um mandado de prisão contra ele na Bahia por homicídio e três condenatórios na Justiça do DF: dois roubos e um estupro.

Ele também teria invadido uma casa na mesma região de Ceilândia, em 17 de maio, e feito outra família refém. Na ocasião, Lázaro obrigou as mulheres a servirem comida para ele na cozinha, enquanto os homens estavam amarrados.

Família chegou ao local pouco tempo depois

De acordo com a Polícia Militar do DF (PMDF), a porta da casa estava arrombada. A cunhada de Cláudio Vidal contou ao Metrópoles que Cleonice Marques chegou a ligar em seu telefone para pedir socorro.

Sônia Maria, 58, disse que Cleonice pediu socorro com a voz baixa no telefone. “Ela falou que estavam entrando na casa dela e pediu para ligar para a polícia, mas logo desligou o telefone. Acredito que tomaram dela”, disse.

Familiares e amigos das vítimas acreditam na hipótese de assalto. Segundo Edivaldo Gomes, o amigo da família, os moradores da fazendo não tinham inimizade com ninguém e mantinham boas relações com os clientes da floricultura e com os vizinhos.

“Somos amigos há anos, conheço os meninos desde criancinha e é choque pra mim. Não tem possibilidade de ser acerto de contas, só pode ser assalto mesmo”, afirmou.

À reportagem o sobrinho de Cláudio Vidal contou que não pode imaginar outro motivo para o triplo homicídio. “Acreditamos que podem ter entrado na chácara em busca de dinheiro, e eles podem ter reagido, mas desconhecemos outros motivos”, reforçou.

“Os familiares das vítimas moram na residência ao lado. Eles informaram que a família tem uma floricultura e não tinha inimizades. Há uma semana, um assalto foi cometido na região, mas eles não souberam informar o que, de fato, ocorreu”, explicou o sargento da PMDF Tiago Gomes, que esteve no local.

“Não há testemunhas. Os parentes viram apenas uma movimentação suspeita, pensaram que se tratava de roubo, mas, quando entraram na casa, se depararam com os corpos e chamaram a polícia”, completou o PM.

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