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Um ano após a chacina, ainda não há data para julgamento dos acusados

Promotor Nathan Neto informou que toda instrução foi concluída e que falta Justiça apresentar datas. Expectativa é que seja nesse ano

atualizado

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Arte colorida com os rostos da família que morreu vítima da maior chacina do DF
1 de 1 Arte colorida com os rostos da família que morreu vítima da maior chacina do DF - Foto: Arte/Metrópoles

Um ano após o primeiro boletim de ocorrência com o desaparecimento da cabeleireira Elizamar da Silva e dos três filhos, que deu início à investigação revelando a maior chacina da história do Brasil, ainda não data para o julgamento dos acusados. Em entrevista, o promotor de Justiça do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), Nathan Neto, informou que o processo está nas alegações finais para que o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) aponte se o caso vai para júri.

“Toda a instrução foi concluída. Não há mais cópias a produzir. Antes da decisão de pronúncia ou informação, agora as partes vão apresentar os seus argumentos a partir do que foi produzido”, explicou o promotor. A expectativa é de que ocorra ainda no ano de 2024.

“Colhemos todas as provas e agora vamos apresentar os argumentos para levar às pessoas do Tribunal do Júri. A defesa vai trazer esses argumentos e o juiz vai tomar a decisão se for submetido a julgamento. Então teremos uma nova audiência com a oitiva das mesmas testemunhas de testemunhas indicadas. Podemos ter produção de novas provas no julgamento”, detalhou

No último dia 9/1, uma nova decisão da Justiça manteve a prisão preventiva dos acusados de participar da maior chacina da história do Distrito Federal, quando dez pessoas da mesma família foram assassinadas. Para o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT), as razões que levaram à prisão de quatro imputados “permanecem inalteradas”.

O promotor reforçou a importância dessa decisão. “Nós entendemos que eles devem permanecer presos”, destacou. “As mesmas razões que geraram a prisão preventiva dessas pessoas ainda se fazem presente. Então, não houve nenhuma mudança fática que justifique a soltura dessas pessoas dos acusados, ainda mais porque temos uma situação também no processo de fraude processual. Depois da prática das mortes e dos homicídios, os autores buscaram também, de alguma forma, eliminar provas”, reforçou.

A decisão mantém a prisão de Gideon Batista de Menezes, Horácio Carlos Ferreira Barbosa, Carlomam dos Santos Nogueira e Carlos Henrique Alves da Silva. Já Fabrício Silva Canhedo, que também é réu, teve desmembramento do processo, ou seja, está em parte separada. Ele teria sido responsável por vigiar as vítimas mantidas em cativeiro em Planaltina.

“Conforme consta dos autos, a prisão foi decretada visando resguardar a ordem pública, tendo em vista a gravidade concreta dos fatos criminosos, circunstância a evidenciar periculosidade social dos agentes”, traz a decisão assinada nesta terça-feira (9/1).

Relembre o caso

O crime terminou com 10 pessoas da mesma família assassinadas, entre dezembro de 2022 e janeiro de 2023, em Planaltina. A chácara em que parte das vítimas morava, no Itapoã, avaliada em R$ 2 milhões, seria a motivação dos criminosos para matá-las.

Segundo a Polícia Civil (PCDF), Gideon Batista e Horácio Carlos, que eram funcionários de Marcos, queriam o terreno para vendê-lo em seguida. O plano, então, era assassinar toda a família para tomar posse do imóvel.

Os criminosos começaram a planejar a chacina em outubro. No dia 23 daquele mês, alugaram o cativeiro onde manteriam as vítimas. Em dezembro, a ex-mulher de Marcos Antônio, Cláudia Regina Marques de Oliveira, 55, vendeu uma casa por R$ 200 mil. Assim, o plano dos criminosos passou a envolver, também, o restante da família de Marcos.

Em 28 de dezembro, Marcos Antônio, a esposa dele, Renata Juliene Belchior, 52, e a filha do casal, Gabriela Belchior de Oliveira, 25, foram rendidos. O primeiro a ser morto foi Marcos Antônio, no mesmo dia, segundo a PCDF

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