“Um anjo que foi para o céu”, diz pai de jovem esmagada por portão
Marcella May Azambuja, 25 anos, foi enterrada nesta segunda-feira (29/10), em clima de forte emoção
atualizado
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O enterro de Marcella May Azambuja, 25 anos, que morreu esmagada pelo portão de sua residência no Park Way, foi marcado por forte emoção. Familiares e amigos preferiram ficar em silêncio e pediram que os jornalistas se mantivessem afastados durante a cerimônia, realizada nesta segunda-feira (29/10) no Cemitério Campo da Esperança da Asa Sul.
Foram distribuídas rosas brancas, posteriormente colocadas sobre o caixão da jovem. O pai de Marcella, Luiz Fernando Azambuja, agradeceu o apoio e carinho de todos. “Estamos com o coração tranquilo, pois sabemos que ela é um anjo que foi para o céu. Sempre sentiremos saudades. Ela morreu numa fatalidade, por causa da inocência dela”, disse na despedida da filha.
Os amigos e familiares, que não quiseram se identificar, disseram que a jovem era uma pessoa excepcional, companheira e gentil. “Nós vamos guardá-la para sempre no coração”, disse um deles.
O vice-governador eleito, Paco Britto (Avante) esteve no velório, já que a filha dele era amiga de Marcella: “Um filme de terror. Ninguém sabe o que ocorreu. Sentimos muito a perda”.
Segundo informações do Corpo de Bombeiros, Marcella não resistiu aos ferimentos depois que o portão eletrônico da garagem caiu sobre ela. A morte foi confirmada por um médico do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). De acordo com informações de familiares, a vítima chegou em casa por volta das 1h45 desse domingo (28), quando ocorreu a tragédia.
O Metrópoles apurou que o portão da garagem abre para cima. Com medo de assalto, a jovem tinha o costume de acionar o equipamento para fechá-lo e entrar correndo. Não se sabe o que ocorreu, mas o portão fechou em cima dela.
Marcella foi atingida no pescoço pelo portão de madeira. Ela teve duas paradas cardiorrespiratórias e as equipes de socorro tentaram reanimá-la por cerca de uma hora. O caso está sendo investigado pela 11ª Delegacia de Polícia (Núcleo Bandeirante).
A família decidiu doar os órgãos de Marcella, que é neta de Therezinha May, pioneira do Distrito Federal.