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Último criminoso que fugiu por buraco em cela da Papuda é preso

Roberto Barbosa dos Santos era o único que ainda estava foragido. Trio escapou da prisão em janeiro deste ano

atualizado

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Foragido
1 de 1 Foragido - Foto: Divulgação

A Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) prendeu, no início da noite dessa quarta-feira (22/04), Roberto Barbosa dos Santos, em Ceilândia Sul. O suspeito é um dos três foragidos do Centro de Detenção Provisória (CDP), localizado no complexo Penitenciário da Papuda. A fuga ocorreu em janeiro.

Na época, os internos abriram um buraco na parede e conseguiram escapar pelo telhado. Roberto tinha passagem por estelionato e associação criminosa. Ele foi flagrado pela PM no momento em que circulava em um veículo nas imediações das quadras 20/22 de Ceilândia Sul.

Na abordagem, os militares verificaram que o carro era clonado. Então, levaram o homem e o veículo para a 15ª Delegacia de Polícia (Ceilândia) para registro da ocorrência.

Histórico no crime

Roberto é conhecido da polícia. Há cerca de um ano, ele foi preso por agentes da 18ª Delegacia de Polícia (Brazlândia) por estelionato. Entretanto, fugiu da delegacia no dia do flagrante.

Mesmo algemado, o homem conseguiu sair da DP e pegar um ônibus. Contou ao motorista do coletivo que era vítima de sequestro e que os “bandidos” colocaram as algemas.

Três dias depois, policiais localizaram o criminoso. Acabou preso por praticar um golpe conhecido por vários nomes – entre eles, “conto do paco”, “conto do achadinho”, “golpe da saidinha” ou “pacote de dinheiro”. O episódio ocorreu em agosto de 2019.

O alvo preferencial do criminoso eram idosos, aposentados, pensionistas, pessoas pobres ou com alguma deficiência intelectual. A estratégia aplicada pela quadrilha, a qual Roberto pertencia, é uma das mais comuns.

É deixada uma isca, como uma carteira com documentos e dinheiro, que acaba sendo achada pela vítima. Ao restituir o objeto ao “dono” – um infrator –, o bandido promete recompensa e pede para ser acompanhado até o local onde pagará a suposta gratificação. Nesse momento, a pessoa é roubada.

A organização criminosa interestadual vinha praticando os crimes também nos estados de Goiás e Minas Gerais. No Distrito Federal, o grupo atuava desde 2018 em diversas regiões, como Brazlândia, Taguatinga, Recanto das Emas, Núcleo Bandeirante e Ceilândia.

A polícia identificou ao menos 70 ocorrências de ações semelhantes realizadas pela quadrilha, o que acarretou prejuízo de aproximadamente R$ 500 mil .

Prisões

As outras duas pessoas que escaparam da Papuda em janeiro já haviam sido capturadas. A PM prendeu André Cândido Aparecido da Silva no Setor de Autarquias Norte. Ele tem condenação por tráfico de drogas, receptação e desacato. Segundo um dos militares responsáveis pela prisão, o criminoso tentou fugir de uma abordagem policial no setor e levantou suspeitas.

“A gente estava patrulhando a área central atrás de um suspeito de roubo e ele estava no meio de um grupo. Quando nos viu, tentou correr, mas o alcançamos e fizemos a abordagem”, explicou o sargento Halisson Figueiredo.

Como Figueiredo não fornecia identidades compatíveis, os militares decidiram encaminhá-lo para a 5ª Delegacia de Polícia (área central). Na unidade policial, o suspeito passou por exame de identificação digital, que confirmou a identidade dele.

No fim de janeiro, Carlos Augusto Mota de Oliveira, 44 anos, se entregou no Fórum Desembargador Milton Sebastião Barbosa. Ele cumpria pena na unidade prisional por latrocínio (roubo seguido de morte).

Fuga

Em 28 de janeiro, os internos abriram um buraco na parede e conseguiram escapar do Bloco 1 da Ala A durante a madrugada. Até então, a última fuga registrada no complexo tinha ocorrido em 21 de fevereiro de 2016.

Naquela data, 10 detentos da Penitenciária do Distrito Federal 1 (PDF 1) escaparam durante chamada nominal feita por agentes, ato conhecido como “confere”. O local abriga presos que cumprem pena em regime fechado.

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