Campo da Esperança requer licença para crematório começar a funcionar
Primeiro crematório do DF funcionará no Campo da Esperança da Asa Sul. Empresa investiu R$ 3,5 milhões compra de equipamentos e construção
atualizado
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A empresa Campo da Esperança Serviços LTDA requereu ao Instituto Brasília Ambiental (Ibram) uma licença para que o primeiro crematório do Distrito Federal comece a funcionar. O pedido consta no Diário Oficial (DODF) desta quarta-feira (10/4).
O crematório funcionará no cemitério Campo da Esperança da Asa Sul, na Quadra 916. A construção do espaço começou em novembro de 2021. O pedido de obtenção da licença para operação faz parte do processo burocrático necessário ao início das atividades.
“A estrutura, os equipamentos, o mobiliário e os profissionais do crematório estão prontos para iniciar a prestação do serviço. A inauguração, no entanto, ainda depende de alguns trâmites. Além da licença de operação, emitida pelo Ibram, é necessário definir os valores que serão cobrados. Os preços estão em negociação entre a concessionária [a empresa] e o GDF [Governo do Distrito Federal]”, informou a Campo da Esperança Serviços LTDA.
A empresa investiu cerca de R$ 3,5 milhões na compra de equipamentos e construção da estrutura que oferecerá o serviço; por isso, destacou ter “total interesse em iniciar a nova operação o quanto antes”.
Por meio de nota, o Ibram comunicou que ainda aguardava a entrega de alguns itens pela Campo da Esperança Serviços LTDA. “Entre os que faltavam, estava a publicação do aviso, ocorrida hoje [quarta-feira]. Assim que forem reunidos todos os documentos pela concessionária, será finalizado o procedimento de licença de operação”, adiantou o instituto.
Histórico
O primeiro projeto para construção do crematório de Brasília foi apresentado ao GDF em 2002. A concessionária do cemitério comprou o forno necessário às atividades em 2020, e a construção começou dois anos depois, após emissão do alvará de construção. A conclusão da obra se deu no mesmo ano.
Em outubro de 2023, o GDF concedeu o Habite-se do prédio, após a empresa efetuar todas as alterações pedidas pelos órgãos de fiscalização do governo local. Todos os móveis e equipamentos do crematório foram comprados pela concessionária e estão armazenados em um depósito.
No fim do ano passado, o forno-crematório começou a ser testado e calibrado, como parte do processo de obtenção da licença de instalação, emitida pelo Ibram. “Agora, com a aprovação dos resultados desses testes e a liberação dos documentos, a concretização do crematório segue para mais uma etapa, a da liberação das operações”, completou a empresa.
Estrutura
O primeiro passo da última etapa foi a publicação no DODF. O Ibram, responsável pela liberação, poderá fazer solicitações, e a empresa deverá reunir a documentação necessária e, se for o caso, fazer as adaptações pedidas. Portanto, ainda não é possível precisar um prazo para início das operações, segundo a concessionária.
Atualmente, a população do DF interessada em cremar entes queridos precisa procurar pelo serviço em cidades do Entorno.
O prédio ocupa uma área de 800 metros quadrados ao lado da entrada principal do Cemitério Campo da Esperança. Nele, há uma sala de despedida com capacidade para 40 pessoas, uma câmara fria para armazenar até seis urnas funerárias, um forno-crematório, uma sala de resíduos (para descarte de materiais como luvas e aventais dos funcionários e itens que não serão incinerados, como flores) e um banheiro com acessibilidade.