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Turista do DF peregrina por 3 unidades de saúde do CE antes de morrer

Larya teve uma crise asmática, mas não recebeu o atendimento de saúde para se salvar, segundo relato de familiares da brasiliense

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1 de 1 Foto colorida de mulher em praia - Foto: Redes sociais/reprodução

A família de Larya Rezende, 33 anos, tenta trazer há cinco dias o corpo da brasiliense que morreu após peregrinar em unidades de saúde no Ceará. A turista do Distrito Federal estava de férias em Jericoacoara quando teve uma crise asmática e seu calvário teve início. Ela faleceu em 30 de dezembro de 2024.

Em crise asmática, Larya foi levada a um posto de saúde próximo a Jericoacoara, na Praia de Preá, em Cruz (CE). Segundo a família, no local não havia balão de oxigênio e foi informado de que ela teria de ser encaminhada a uma unidade de terapia intensiva (UTI).

Uma ambulância levava Larya do município de Cruz para o hospital de Sobral (CE). Contudo, no caminho a equipe médica teria sido informada da recusa da unidade hospitalar em receber a brasiliense. Larya, então, foi encaminhada às pressas a uma Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) em Sobral.

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Família tenta trazer corpo de Larya
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Larya morreu após peregrinar em hospitais

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Segundo os familiares, o local não tinha a estrutura necessária para receber a paciente em crise, que demandava de uma UTI. Ela morreu poucas horas após chegar na unidade.

Após a morte, a equipe médica teria feito um teste de Covid na paciente, que teria apresentado resultado positivo à doença. Com o exame, os familiares não conseguem fazer o translado do corpo de volta para Brasília.

“Os protocolos para transporte são os mesmos na época da pandemia, que impede ser transportada por avião”, disse a irmã de Larya, Layara Rezende.

Os familiares questionam o resultado de Covid e pedem para fazer um novo exame. “Foi feito aquele teste rápido que poderia ter indicado que ela tinha os anticorpos e não necessariamente estava doente, até porque antes de viajar minha irmã fez o teste e deu negativo”, disse.

“Estamos há quase uma semana tentando fazer um novo teste para a gente conseguir levar minha irmã de volta para casa, receber o velório e poder ser sepultada perto dos entes queridos”, acrescentou.

“Perder um parente é muito difícil, mas nessa condição é horrível. Minha mãe ser tão humilhada para não conseguir enterrar a filha”, completou.

Os familiares contaram que o Instituto Médico Legal de Sobral não liberou nem mesmo o cadáver de Larya para que uma empresa contratada pela família fizesse a necrópsia do corpo alegando a causa da morte.

O Metrópoles questionou a prefeitura em Sobral, em Cruz e o Estado do Ceará sobre o caso de Larya Rezende e aguarda resposta .

Ela deixou quatro filhos, sendo o mais velho de 17 anos e a mais nova com 9 anos.

 

 

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