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Trovão, cão brutalmente ferido por capivaras, recebe alta. Veja vídeo

Cachorro corria risco de morte devido a gravidade dos ferimentos. Após longo tratamento, voltou para casa e segue em recuperação

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Trovão, cachorro - Metrópoles
1 de 1 Trovão, cachorro - Metrópoles - Foto: Material cedido ao Metrópoles

Após ficar entre a vida e a morte, Trovão (foto em destaque), o cão da raça american staffordshire terrier, de 5 anos, ferido por capivaras no Lago Paranoá, em Brasília (DF) recebeu alta. O cachorro está em fase de recuperação por causa da extensão dos ferimentos. Mas voltou para casa e está oficialmente fora de perigo.

Veja:

Na tarde de 8 de junho, Trovão participava de um passeio na orla do Lago Paranoá com os tutores e a cadela Panda, da raça american staffordshire terrier, de 10 anos. O grupo encontrou com as capivaras perto da Ermida Dom Bosco. Os cães estavam soltos. Quando se aproximaram dos animais silvestres pela água foram atacados.

Panda sofreu um ferimento leve no pescoço. Mas Trovão teve as costas dilaceradas e passou por um longo processo de recuperação. Ficou internado até 17 de junho. “Ele está com edemas ainda e uma cicatriz. Mas graças a Deus, está fora de risco, tomando os medicamentos”, sorriu a tutora Cristhiani Oliveira, de 33.

Confira:

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O cachorro voltou para a casa e segue em recuperação
Segundo a tutora, o pet não corre mais risco de vida
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Trovão, o cachorro ferido por capivaras no Lago Paranoá, recebeu alta

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O cachorro voltou para a casa e segue em recuperação

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Segundo a tutora, o pet não corre mais risco de vida

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As custas do tratamento com exames, cirurgia e assistência chegaram a R$ 10 mil. “Ele está bem. Agora, está na fase de recuperação. A gente vai precisar ficar de olho em relação aos edemas. Porque a musculatura das costas dele foi rompida. A veterinária pediu para ficarmos atentas”, explicou a tutora.

Enquanto comemora a recuperação de Trovão, Cristhiani mantém a posição de cobrança de medidas efetivas de controle da população de capivaras no DF. A tutora do cachorro, inclusive, entrou com processo judicial cobrando ações concretas para evitar episódios semelhantes.

Querem uma criança ferida?

“Queremos o controle da população de capivaras. O afastamento delas com os seres humanos e outros animais e as famílias. Esse controle é primordial. Hoje foram meus cães. Mas querem que aconteça algo mais grave? Querem que uma criança seja ferida para fazer algo?”, questionou.

Crithiani ressaltou que medidas são necessárias inclusive para a proteção das próprias capivaras. “Não estamos aqui colocando a culpa nas capivaras. São animais silvestres, que se defendem. Mas precisamos de contenção, já estamos avançando no habitat delas, precisamos resolver essa situação”, argumentou.

Para a tutora, as respostas do governo local foram insuficientes e não demonstraram intenção de solução do problema. “A única coisa que o Ibram (Instituto Brasília Ambiental) falou para mim é que a culpa seria minha porque os cachorros estavam fora da guia e sem focinheira”, contou.

Espaço público

Crithiani enfatizou que a região do incidente é pública, frequentada por vários cachorros de pequeno, grande porte, esportistas e famílias. Além disso, a tutora também considera que o governo não tem dados atualizados da população de capivaras no DF.

Recentemente, o vídeo de um grupo de 15 capivaras andando em fila indiana em uma área residencial do Lago Sul viralizou nas redes sociais. Ao contrário do incidente com Trovão e Panda, a cena foi pacífica. Segundo a responsável pela gravação, é comum ver os animais silvestres andando na região.

Outro lado

O Metrópoles entrou em contato com o GDF, Ibram e a Secretaria do Meio Ambiente (Sema) sobre o processo judicial cobrando controle da população de capivaras. Não houve resposta até a última atualização da reportagem. O espaço segue aberto.

Posição inicial

Após o incidente, o GDF divulgou nota argumentando que as capivaras só atacam quando provocadas e se sentem acuadas, especialmente quando há filhotes envolvidos. O governo ressaltou que os cães estavam soltos e sem coleira, o que poderia ter contribuído para a situação.

O governo afiançou que está elaborando um edital de chamamento para dar continuidade ao monitoramento da população de capivaras iniciado em 2022. Este novo edital pretende expandir as vertentes de pesquisa, incluindo possíveis estratégias de manejo dos animais, caso seja identificada tal necessidade.

GDF nega superpopulação

O GDF também destacou que os últimos estudos consolidados não apontam superpopulação de capivaras na orla do Lago Paranoá. As pesquisas ainda desvincularam os animais silvestres à doenças e pragas, a exemplo de carrapatos na região.

De acordo com o governo, eventuais medidas para evitar novos incidentes consistem na conscientização dos residentes em evitar espaços com esses animais e seus pets. Para o GDF, retirar um animal do seu ambiente natural não deve ser a principal medida a ser adotada, mas sim a compatibilização harmoniosa entre as partes.

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