Tropa de choque da PMDF demorou 1h30 para chegar à Câmara em 8/1
Informação consta em denúncia feita pela PGR ao pedir prisão de cúpula da PM do DF por omissão nos atos de 8 de janeiro
atualizado
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Nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro, a tropa de choque da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) demorou 1h30 para chegar à Câmara dos Deputados. A informação consta na denúncia enviada ao Supremo Tribunal Federal (STF) pela Procuradoria-Geral da República (PGR).
De acordo com o documento, o então comandante-geral da corporação, coronel Fábio Augusto Vieira, esteve na Casa durante os ataques e teria dito que chamaria a tropa de choque da PM para auxiliar a Polícia Legislativa.
Fábio, segundo a PGR, encontrou Paul Pierre Deeter, diretor do Departamento de Polícia Legislativa da Câmara dos Deputados, dentro do prédio. Na ocasião, Paul esclareceu ao comandante-geral da PMDF que o efetivo da Polícia Legislativa não seria suficiente para a proteção do edifício e apelou para que Fábio empregasse a tropa de choque.
O coronel se retirou do local “tranquilamente, sem perigo pessoal” e “prometendo à força policial legislativa que, em breve, voltaria acompanhado por efetivo da tropa de choque”. A intenção seria de retirar os manifestantes do edifício.
Ainda de acordo com o documento, o coronel instruiu o chefe da Polícia Legislativa para que “ali permanecesse, até que o comandante-geral voltasse com homens do batalhão de choque”.
“Não obstante, Fábio deixou Paul Deeter às portas do Anexo II por aproximadamente 1h30, período suficiente para que as depredações ali ocorressem. Apenas por volta das 17h, quando os danos ao edifício-sede da Câmara já haviam se concretizado, a tropa de choque retornou sob o comando de Fábio Augusto Vieira”, diz a denúncia da PGR.
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Operação Incúria
A Polícia Federal prendeu o atual comandante-geral da PMDF, coronel Klepter Rosa Gonçalves, o ex-comandante Fábio Augusto Vieira e mais três oficiais, nesta sexta-feira (18/8).
Os mandados cumpridos pela PF e pela PGR nesta manhã foram determinados pelo relator do Inquérito nº 4.923 no STF, o ministro Alexandre de Moraes.