Tribunal de Contas estipula prazo para que o GDF explique a falta de infraestrutura no Noroeste
TCDF deu 30 dias para que o Executivo apresente alegações. De acordo com o órgão, a região carece de linhas de ônibus, ciclovias e iluminação
atualizado
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Seis anos depois de ser lançado como um bairro do futuro, o setor Noroeste está se tornando um símbolo do atraso. As reclamações dos moradores são muitas e, na última terça-feira (26/1), as reivindicações ganharam mais força. O Tribunal de Contas do Distrito Federal deu 30 dias para o governo prestar esclarecimentos sobre a falta de infraestrutura do local.
Entre os itens apontados pela Corte estão: falta de transporte público, sinalização viária, ciclovias e viadutos de acesso ao bairro; bloqueio da via W9; asfalto e calçadas danificados; problemas na iluminação pública, no sistema de drenagem pluvial e na segurança; e ausência de projetos de paisagismo.Com relação ao transporte público, o tribunal apurou que existe somente uma linha de ônibus. Ela passa só em quatro horários – o último coletivo a fazer o trajeto no dia chega às 16h30.
Segundo o Transporte Urbano do Distrito Federal (DFTrans), técnicos estudam, com a empresa que opera na região, ampliar o atendimento aos usuários do setor.
A realidade distante do sonho frustra os moradores. Em dia de chuva, o caos se instala. Como o sistema de escoamento de água é inadequado, a lama se acumula por todos os lados. “Quando chove aqui é um caos. Tem água para todo o lado”, afirma Deusélis André Filho, 37 anos, síndico de um prédio na região.
A lista de carências da região cresce durante as conversas. “A avenida principal está sem iluminação adequada. No período da noite, fica muito difícil de enxergar qualquer coisa. Por conta disso, muitas pessoas estão sendo assaltadas no calçadão que beira o parque (Burle Marx)”, relata Filho. Ele conta que, além da insegurança, a falta de iluminação pública causa acidentes de trânsito.
Por meio de nota, a Novacap disse que “está ciente da decisão e está levantando todas as informações para responder os questionamentos ao Tribunal de Contas do DF sobre as obras que competem à companhia”.