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TRE-DF nega recurso e Júnior Brunelli segue inelegível

Brunelli, conhecido por comandar a chamada “oração da propina”, em vídeo da Operação Caixa de Pandora, entrou com recurso, mas sem sucesso

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Aquivo CLDF/Reprodução
Júnior Brunelli
1 de 1 Júnior Brunelli - Foto: Aquivo CLDF/Reprodução

O Tribunal Regional  Eleitoral do Distrito Federal (TRE-DF) negou, nesta terça-feira (21/9), recurso contra a decisão que retirou a candidatura do ex-deputado distrital Júnior Brunelli (PTB). Com isso, Brunelli, conhecido por comandar a chamada “oração da propina”, em vídeo da Operação Caixa de Pandora, continua inelegível. A decisão foi unânime.

A defesa do ex-distrital alegava dois erros no julgamento. Um deles era o apontamento de que o candidato não estava quite com a Justiça Eleitoral, enquanto o outro era um entendimento sobre o prazo de suspensão de direitos políticos. Como a comissão de registro de candidatura verificou a quitação do candidato junto à Justiça Eleitoral, o TRE deu parcial provimento ao pedido, “apenas para corrigir erro material, sem efeito infringente”. Ou seja, mantendo a inegibilidade.

Segundo defendido pela Procuradoria Regional Eleitoral, Brunelli foi condenado por prática de improbidade administrativa na modalidade dolosa, com dano ao erário e enriquecimento ilícito. O prazo fixado pela lei de inelegibilidade é de oito anos após o trânsito em julgado, o qual ainda não transcorreu.

Em 2018, o ex-deputado distrital também tentou se candidatar, mas teve o pedido indeferido pelo mesmo motivo.

Condenado a 4 anos de prisão

Em 2020, Brunelli foi condenado pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) a quatro anos e seis meses de prisão, inicialmente em regime fechado, pelo crime de corrupção passiva. A decisão aponta que ele cometeu crime ao receber pagamentos ilegais durante o governo de José Roberto Arruda (PL).

Neste ano, no entanto, o TJDFT acolheu preliminar de nulidade absoluta por incompetência da Justiça Comum apresentada pela defesa de Brunelli, o que culminou na anulação de todo o processo.

Atualmente, Brunelli é pastor na Igreja Casa da Bênção e já vinha fazendo campanha em busca de votos.

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Brunelli ficou conhecido como o orador da propina
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O pastor da Casa da Bênção, Júnior Brunelli, virou réu na investigação sobre desvios milionários durante a gestão do ex-governador José Roberto Arruda, no âmbito da Operação Caixa de Pandora

Arquivo / CLDF
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Brunelli ficou conhecido como o orador da propina

Arquivo CLDF/Reprodução

A oração

Ao receber propina das mãos do delator do escândalo da Caixa de Pandora, Durval Barbosa, Brunelli, acompanhado do ex-presidente da Câmara Legislativa Leonardo Prudente, puxou a chamada “oração da propina”, agradecendo pelo recolhimento dos valores.

Nela, Júnior Brunelli ora pela vida de Durval e pede proteção para os envolvidos no recebimento. “Sabemos que somos falhos, que somos imperfeitos, mas queremos agradecer aos santos que nos purificam. Olha, nós somos gratos pelo amigo Durval, que tem sido um instrumento de bênção em nossas vidas e nesta cidade”, diz o pastor, filho do apóstolo Doriel de Oliveira, falecido em 2016.

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