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Travestis presas no DF também extorquiram vítimas no centro de Goiânia

Polícia Civil de Goiás (PCGO) expediu, em 14 de agosto, quatro mandados de prisão preventiva. Investigadas já estão presas no DF

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1 de 1 operação5dp - Foto: JP Rodrigues/Metrópoles

As travestis presas em junho no Distrito Federal, acusadas de extorquir e espancar vítimas em hotéis de luxo, também responderão por crimes cometidos em Goiás. Após ter conhecimento da ação da quadrilha em um hotel no centro de Goiânia, a Polícia Civil do estado (PCGO) expediu, em 14 de agosto, quatro mandados de prisão preventiva.

Os investigados são Yago Pereira da Silva, 24, conhecido como Anitta; Eduardo Sousa Luz Santos, 24, que adotou o nome Stefanny; Marcelo Dias Moreira, 20, a Marcela; e Hiago Alves dos Santos, 20, que se apresenta como Tifanny Lorrani.

Todas já haviam sido presas pela Polícia Civil do DF, resultado da Operação Cilada, deflagrada pela 5ª Delegacia de Polícia (Área Central). As quatro travestis foram detidas entre 23 e 24 de junho e estão no Complexo Prisional da Papuda.

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Marcelo Dias Moreira, a Marcela
Eduardo Souza Luz, que adotou o nome “Stephany”
Samuel Junio Napole, preso no Chile
Paulo Rogério Marques, preso na Espanha (ainda aguarda recambiamento para o Brasil)
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Yago Pereira da Silva , conhecido como Anita

PCGO/Divulgação
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Marcelo Dias Moreira, a Marcela

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Eduardo Souza Luz, que adotou o nome “Stephany”

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Samuel Junio Napole, preso no Chile

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Paulo Rogério Marques, preso na Espanha (ainda aguarda recambiamento para o Brasil)

Como os pedidos de prisão ainda demorariam para serem deferidos pelo Poder Judiciário em Goiás, os agentes da PCGO decidiram cumprir os mandados mesmo com as investigadas já detidas no DF.

De acordo com o delegado Paulo Ribeiro Silva, responsável pela investigação da 1ª Delegacia de Polícia de Goiânia, os crimes tiveram a mesma dinâmica dos que foram averiguados pela PCDF.

“Foram dois casos no centro de Goiânia. As travestis conheciam as vítimas por meio de aplicativos e, durante o encontro, agiam com extrema violência, socos e chutes. Obrigavam as vítimas a desbloquearem o celular e faziam transferências bancárias, pegavam senhas de cartões.”

Penas

O delegado informou que as autoras do crime irão cumprir as penas expedidas em Goiás e no DF de forma separada. “A maneira como a punição será cumprida vai depender da Justiça. As penas podem ser somadas e, se as acusadas forem soltas no DF, podem ser recambiadas para Goiás.”

Além das quatro travestis, outro integrante da quadrilha também foi preso pela PCDF. Em 1º de junho, Samuel Junio Napole de Souza, 21 anos, voltava do Chile e, quando passava pela imigração do Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, foi detido por agentes federais.

Outro suspeito, Paulo Rogério Vasconcelos, 20, está na Espanha. Embora não seja travesti, ele teria passado a se vestir de mulher a fim de não ser reconhecido. A PCGO informa que ele aguarda o recambiamento para o Brasil.

A polícia ainda procura por Carlos Henrique Leão Costa, 19, que foi visto pela última vez em São Paulo.

Crime

De acordo com as apurações no DF, as travestis marcavam os encontros com as vítimas sempre em quartos de estabelecimentos no Setor Hoteleiro Sul. Os clientes eram surpreendidos quando ainda estavam na cama.

Segundo o delegado-chefe da 5ª DP, Gleyson Gomes Mascarenhas, elas escolhiam vítimas que aparentavam ter alto poder aquisitivo. “A quadrilha conseguia lucrar muito dinheiro com os crimes, sempre algo em torno de R$ 10 mil a R$ 15 mil. Um dos criminosos teria conseguido juntar cerca de R$ 400 mil”, afirmou.

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