Após ser solta, travesti que cuspiu em PMs tem prisão decretada
Como descumpriu acordo judicial e deixou de apresentar comprovante da fiança, Bruna terá de voltar para a cadeia
atualizado
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Mais uma reviravolta no caso da travesti Bruna. Após ter sido colocada em liberdade provisória pela Justiça sob condição de pagamento de fiança, ela teve a prisão preventiva decretada nesta quinta-feira (16/8). A juíza Verônica Capocio, do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT), tomou a decisão depois que a acusada descumpriu acordo judicial.
Bruna chegou a ser detida na terça (14) após ter um ataque de fúria no Riacho Fundo I. Em audiência de custódia na quarta (15/8), a juíza a soltou, mas deu prazo até as 9h desta quinta para que ela apresentasse o comprovante de pagamento da fiança de R$ 1 mil ao Núcleo de Audiência de Custódia (NAC) e colocasse a tornozeleira eletrônica. Como não apareceu, a travesti perdeu a liberdade provisória, com uso do equipamento.
Mais cedo, a Polícia Civil havia informado que Bruna tinha sido colocada em liberdade provisória mediante o pagamento da fiança. Mas a acusada, porém, segundo informou a assessoria do TJDFT, teve prisão decretada e pode ser considerada foragida.
De acordo com a PM, ao ser detida, Bruna ela estava, aparentemente, sob efeito de substância entorpecente quando teve o ataque de fúria. Testemunhas, entretanto, relataram que ela teria ficado com raiva depois de ter levado calote de um cliente.
De acordo com relatos incluídos no registro policial, um agente do Departamento de Estradas de Rodagem (DER) teria tentado conter a travesti no momento em que ela danificava um carro em frente ao Riacho Mall.
“Todavia, passou a persegui-lo e a atacar a viatura, bem como outros veículos estacionados no local. Nem mesmo com a chegada da Polícia Militar se acalmou, e passou a agredir e xingar os policiais, que o imobilizaram para colocá-lo na viatura”, apontou a juíza na decisão.
pós examinar os autos, a magistrada verificou que não ocorreu irregularidade na prisão em flagrante de Bruna. Mas registrou que, apesar da gravidade das condutas, os fatos não são suficientes para mantê-la detida, razão pela qual impôs medidas cautelares diversas da prisão.
Além do automóvel do DER, Bruna quebrou os vidros de outros dois carros particulares. Com base em relatos dos militares, a travesti resistiu à abordagem e agrediu dois agentes do DER. Ela precisou ter as pernas imobilizadas para que entrasse no cubículo da viatura.