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TRT reitera decisão para que 90% do metrô funcione em horário de pico

Sindicato dos Metroviários havia pedido que percentual fosse reduzido a 30%. Nesta terça, haverá reunião com desembargador que analisa greve

atualizado

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Rafaela Felicciano/Metrópoles
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1 de 1 Rafaela Felicciano/Metrópoles - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

O desembargador Pedro Luís Vincentin Foltran, do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 10ª Região, reiterou, na noite de segunda-feira (20/11), decisão liminar que determinou aos servidores do metrô manterem 90% da frota circulando nos horários de pico. O despacho foi dado em pedido feito pelo Sindicato dos Metroviários (SindMetrô), para que o percentual fosse reduzido a 30%.

O juiz tem reunião agendada nesta terça-feira (21/11), em separado, com representantes da empresa e do sindicato. Pelo quarto dia consecutivo, as estações não abriram hoje. Embora a greve tenha sido deflagrada no dia 9, por mais de uma semana a empresa conseguiu garantir o funcionamento de 21 dos 24 vagões, remanejando pessoal. Mas, segundo o Metrô-DF, a adesão à paralisação aumentou, o que inviabilizou a continuidade do serviço.

O magistrado deve avaliar, ainda, relatório produzido por oficiais de justiça que fizeram diligências nos últimos dias sobre a notícia de que o sindicato não estaria cumprindo a decisão liminar de manter 90% dos trens circulando.

A Procuradoria-Geral do DF informou ao TRT o descumprimento da decisão por parte dos metroviários. O GDF também cobrou o pagamento, pelo sindicato da categoria, de multa fixada de R$ 100 mil por cada dia de paralisação. O valor devido pelos servidores já soma mais de R$ 1,2 milhão e, caso a categoria continue descumprindo a determinação judicial, ela poderá ser aumentada.

Greve
Os trabalhadores reivindicam recomposição salarial de acordo com a inflação e a nomeação de mais de 600 aprovados em concurso. O Governo do Distrito Federal já havia se comprometido a atender os pleitos da categoria desde a última greve dos metroviários, em 2015. No entanto, isso não ocorreu. O Executivo local afirma que não tem recursos para conceder os pedidos.

A greve dos metroviários é também o centro de uma ação de dissídio coletivo movida pelo Metrô-DF na Justiça do Trabalho.

Faixas liberadas
Por conta da paralisação, as faixas exclusivas para ônibus na EPTG e na EPNB continuarão liberadas para carros até as 23h59 de quarta-feira (22/11). A medida, anunciada na tarde de segunda (20) pelo Departamento de Estradas de Rodagem do Distrito Federal (DER-DF), tem o objetivo de amenizar os transtornos causados pela greve dos metroviários. O Departamento de Trânsito (Detran) adotou a mesma iniciativa para as vias W3 Sul e Norte e o Setor Policial Militar.

Além da liberação das vias exclusivas, o Transporte Urbano do Distrito Federal (DFTrans) vai garantir a permanência do reforço da frota com mais 67 veículos das empresas São José, Urbi e Marechal. A autarquia informa ainda que tem monitorado o sistema de transporte público, e carros extras poderão ser alocados para atender as linhas mais demandadas.

 

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