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TRT pode reduzir percentual mínimo para metrô circular na greve

Magistrado que cuida do caso se reuniu com representantes da empresa e do sindicato dos servidores nesta quarta-feira (22/11)

atualizado

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1 de 1 Michael Melo/Metrópoles - Foto: Michael Melo/Metrópoles

A greve dos metroviários já dura 14 dias e continua mesmo após o desembargador Pedro Luís Vincentin Foltran, do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 10ª Região, reiterar decisão liminar que determinou aos servidores manterem 90% da frota circulando nos horários de pico. Nesta quarta-feira (22/11), representantes da empresa e do Sindicato dos Metroviários se reuniram para tentar um acordo. Como não houve consenso, o magistrado deve se manifestar a qualquer momento sobre os rumos da paralisação. A expectativa é de que ele reduza o percentual, o que viabilizaria o retorno parcial das atividades.

O magistrado deve avaliar o relatório produzido por oficiais de justiça que fizeram diligências nos últimos dias sobre a notícia de que o sindicato não estaria cumprindo a decisão liminar. Nesta quarta, a empresa conseguiu reunir 16 dos 31 pilotos que integram o quadro, mas não atingiu o número mínimo de segurança: 18; e 39 dos 79 agentes de estação.

A Procuradoria-Geral do DF informou ao TRT o descumprimento da decisão por parte dos metroviários. O GDF também cobrou o pagamento, pelo sindicato da categoria, de multa fixada de R$ 100 mil por cada dia de paralisação. O valor devido pelos servidores já soma mais de R$ 1,3 milhão e, caso a categoria continue descumprindo a determinação judicial, a pena poderá ser aumentada.

Procurado pela reportagem, o Metrô-DF informou que aguarda a decisão judicial. De acordo com a empresa, pelo menos 75% da frota deve circular por uma questão de segurança. Já o Sindicato dos Metroviários (SindMetrô) comunicou que vai se manifestar apenas às 15h30, em uma entrevista coletiva.

Greve
Os trabalhadores reivindicam recomposição salarial de acordo com a inflação e a nomeação de mais de 600 aprovados em concurso. O Governo do Distrito Federal havia se comprometido a atender os pleitos da categoria desde a última greve dos metroviários, em 2015. No entanto, isso não ocorreu. O Executivo local afirma que não tem recursos para conceder os pedidos.

A greve dos metroviários é também o centro de uma ação de dissídio coletiva movida pelo Metrô-DF na Justiça do Trabalho.

Faixas liberadas
Por conta da paralisação, as faixas exclusivas para ônibus na EPTG e na EPNB continuarão liberadas para carros até as 23h59 desta quarta-feira (22/11). A medida tem o objetivo de amenizar os transtornos causados pela greve dos metroviários. O Departamento de Trânsito (Detran) adotou a mesma iniciativa para as vias W3 Sul e Norte e o Setor Policial Militar.

Além da liberação das vias exclusivas, o Transporte Urbano do Distrito Federal (DFTrans) vai garantir a permanência do reforço da frota com mais 67 veículos das empresas São José, Urbi e Marechal. A autarquia informa ainda que tem monitorado o sistema de transporte público, e carros extras poderão ser alocados para atender as linhas mais demandadas.

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