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“Transporte funcionava melhor quando minhas empresas rodavam”, diz Canhedo

Durou cerca de uma hora o depoimento de Wagner Canhedo Filho na CPI dos Transportes, na Câmara Legislativa, na manhã desta quinta-feira (24/9). Como convidado da CPI, o empresário surpreendeu os distritais ao dizer que o sistema operava melhor quando estava com ele, porque eram 3,5 mil ônibus e agora são 2,5 mil. “O transporte funcionava melhor quando minhas empresas rodavam”, […]

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1 de 1 IMG-20150924-WA0019 (1) - Foto: Kelly Almeida/Metrópoles

Durou cerca de uma hora o depoimento de Wagner Canhedo Filho na CPI dos Transportes, na Câmara Legislativa, na manhã desta quinta-feira (24/9). Como convidado da CPI, o empresário surpreendeu os distritais ao dizer que o sistema operava melhor quando estava com ele, porque eram 3,5 mil ônibus e agora são 2,5 mil. “O transporte funcionava melhor quando minhas empresas rodavam”, disse.

Canhedo afirmou aos distritais que mesmo apresentando uma proposta de tarifa técnica (paga pelo GDF na forma de subsidio) menor, as empresas representadas pelo advogado Sacha Reck venceram a licitação.  O empresário, que já dominou 30% do mercado do transporte público do DF com as empresas Viplan, Lototáxi e Condor, declarou ainda que se soubesse da influência de Reck na concorrência, o teria contratado também.

Banido do sistema em dezembro de 2013, quando o GDF decretou intervenção nas empresas do grupo mesmo antes de finalizar a nova concorrência, Canhedo não escondeu sua mágoa: “Houve sim uma estrutura criminosa para fraudar a licitação, especialmente por Sacha, pela Secretaria de Transporte e pela vice-governadoria”.

O relator da comissão, deputado Raimundo Ribeiro (PSDB) ressaltou que precisa de provas e não de suposições, ao falar sobre a declaração de Canhedo de que quem estava com Sacha venceu a concorrência.

Peça-chave
O advogado é considerado pelos parlamentares peça-chave para esclarecer os pontos nebulosos que pairam sobre o processo de licitação do atual sistema de ônibus do Distrito Federal. Pesa sobre Reck o fato de ter atuado como consultor do consórcio contratado para elaborar o projeto básico do processo licitatório. E, depois, como subcontratado pela Secretaria de Transporte para julgar os recursos apresentados pelas empresas por falhas no edital. A CPI já convocou Reck para depor, o que deve ocorrer no dia 1º de outubro.

A oitiva desta quinta foi o 11º encontro desde o início da CPI, em maio deste ano. O alvo da comissão é a licitação realizada pelo GDF em 2012, no valor de R$ 7,8 bilhões, para mudar o sistema de transporte da cidade. Cinco empresas venceram o processo para atuar em cinco bacias. Estava previsto o depoimento do empresário Valmir Amaral, do Grupo Amaral, mas ele informou que não poderia ir e pediu que fosse remarcado o seu depoimento.

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