Transpequi, trem que vai ligar DF a Goiânia, terá passagem de R$ 60
A viagem vai durar 95 minutos, percorrendo os 207 quilômetros que separam as duas capitais, na velocidade média de 160 km/h
atualizado
Compartilhar notícia
Orçado em R$ 7,7 bilhões, o Transpequi, trem de velocidade média (160 km/h, que vai ligar Brasília a Goiânia (GO), pode sair do papel até 2020. A viagem de 95 minutos percorrendo os 207 quilômetros que separam as duas capitais, vai sair a R$ 60, preço equivalente ao cobrado pelas empresas de ônibus em linhas executivas. Os dados constam nos estudos de viabilidade técnica, econômica, socioambiental e jurídico-legal, divulgados pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).
Os levantamentos são necessários para a outorga da exploração do serviço público de transporte ferroviário regular de passageiros e de carga no trecho Brasília, Anápolis (GO) e Goiânia (GO), incluindo cidades do entorno do Distrito Federal – Águas Lindas e Santo Antônio do Descoberto. Os técnicos estudam a possibilidade de uma sexta estação em Ceilândia, mas o local exato ainda não foi definido.Para Anápolis, a viagem vai durar 68 minutos, ao preço de R$ 45. O trecho Goiânia/Anápolis, R$ 4,44. Já os deslocamentos entre DF e Santo Antônio do Descoberto e Águas Lindas, terá tarifa de R$ 1,50, subindo para R$ 4,50 contando com a passagem de ônibus para chegar ao terminal ou ao destino final.
Segundo os estudos, a previsão é que, no primeiro ano de operação, mais de 40 milhões de passageiros sejam transportados. Para tirar a ligação ferroviária do papel, será preciso a participação da iniciativa privada e um prazo de concessão de 30 anos.
A ideia é reformar e revitalizar a Rodoferroviária, que deixou de receber transporte de passageiros. O local seria o único a ser reaproveitado, já que o restante do projeto parte do zero. Nenhuma das linhas férreas que passam pelo DF atualmente poderão ser utilizadas.
Os documentos abarcam a avaliação de alternativas de traçado e de localização das estações, de tecnologias, além dos aspectos econômico-financeiros e socioambientais de modo a dotar a região de trens de passageiros modernos, confortáveis e seguros.
O formato da parceria será definido nos próximos meses pela ANTT e os governos do DF e de Goiás. Empresários chineses já manifestaram interesse no projeto.