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Sem combustível, parte dos ônibus do DF para de rodar na sexta-feira

A Pioneira e a São José alertam só ter o suficiente para trafegar até quinta (24). Outras duas empresas afirmam conseguir circular até sexta

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Raio x da Rodoviária do Plano Piloto – Brasília, DF – 20/07/2015
1 de 1 Raio x da Rodoviária do Plano Piloto – Brasília, DF – 20/07/2015 - Foto: Daniel Ferreira/Metrópoles

A escassez de combustível no Distrito Federal ocasionada pela greve dos caminhoneiros não afeta só o funcionamento do Aeroporto Internacional de Brasília. Duas empresas de ônibus responsáveis pelo transporte público na capital da República afirmam ter o suficiente para rodar só até esta quinta-feira (24/5). Outras duas dizem que conseguirão pôr os veículos nas ruas somente até sexta (25).

A Urbi e a Marechal informam que, com a reserva atual, os coletivos conseguirão atender a população até o fim da semana. A Pioneira e a São José, por outro lado, disseram ter combustível para circular nesta quarta (23) e na quinta-feira. Os estoques da Piracicabana e da TCB encerram-se no domingo (27).

As empresas são abastecidas pelo terminal da Petrobras localizado no Setor de Indústria e Abastecimento (SIA). Nesta quarta-feira, caminhoneiros impediram a saída de veículos da base de distribuição.

A frota é de 2,8 mil automóveis. Em torno de 650 mil pessoas embarcam e desembarcam nos coletivos diariamente, segundo o Transporte Urbano do Distrito Federal (DFTrans).

Em nota, o DFTrans disse estar monitorando a situação junto às empresas de ônibus e avaliando as medidas que podem ser tomadas caso a operação seja afetada pela falta do recurso.

O movimento da categoria contra a alta do combustível completou três dias nesta quarta-feira. A paralisação interditou estradas e prejudicou o abastecimento e serviços desde as primeiras horas dessa segunda (21).

Falta etanol nos postos, o estoque de gás de cozinha está perto de acabar e o de querosene de aviação também se aproxima do fim. Até os alimentos perecíveis, como verduras, poderão ficar mais caros caso a greve continue, alertou a Centrais de Abastecimento do Distrito Federal (Ceasa-DF).

Sem perspectiva
Por ora, não há prazo para o fim dos transtornos. A reunião entre governo e representantes dos caminhoneiros ocorrida na tarde desta quarta (23/5) acabou sem acordo. O objetivo do encontro, realizado no Palácio do Planalto, era achar uma solução à greve deflagrada pela categoria contra o aumento de combustíveis.

“A greve continua. Não houve nenhuma proposta. O governo veio justificar a impossibilidade de atender reivindicações da categoria, mas sentiu o peso do movimento. Jogamos essa responsabilidade para eles”, afirmou o presidente da Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA), Dilmar Bueno. “Eles foram avisados com antecedência. Conseguimos estabelecer condições de caráter permanente. Os ministros vão conversar com o governo para apresentar proposta amanhã”, acrescentou.

Segundo Bueno, a cúpula do governo federal pediu prazo até as 14h desta quinta-feira (24) para formular uma proposta melhor à categoria, que achou a eliminação da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) sobre o preço do óleo diesel insuficiente.

Participaram da reunião os ministros: da Casa Civil, Eliseu Padilha; da Secretaria de Governo, Carlos Marun; e o de Transportes, Valter Casimiro – além do general Freire Gomes, substituto ao chefe do Gabinete de Segurança Institucional. Havia 10 entidades de caminhoneiros presentes, entre elas a CNTA, a Confederação Nacional dos Transportes e a Associação Brasileira de Caminhoneiros (Abcam).

A crise
Mais cedo, o presidente Michel Temer (MDB) afirmou ter solicitado a seus ministros que pedissem, na reunião da tarde com os caminhoneiros, uma trégua de “dois ou três dias”, a fim de o governo encontrar “uma solução satisfatória” ao impasse com a classe.

Mas profissionais de todo o país não parecem dispostos a desistir do movimento paredista, ao menos não antes de os preços dos combustíveis – especialmente do diesel – e de pedágios nas principais rodovias brasileiras sofrerem uma redução significativa. Pelo menos 22 estados e o Distrito Federal registraram paralisações de milhares de motoristas.

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