Sem combustível, DF terá frota de ônibus reduzida a partir desta sexta
GDF comunicou plano de contingência para o transporte público: haverá menos veículos da Pioneira e da Urbi nas ruas, nesta sexta (25/5)
atualizado
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O brasiliense precisa ficar atento antes de ir às paradas de ônibus. A Pioneira e a Urbi, duas das cinco empresas responsáveis pelo transporte público do Distrito Federal, irão circular com frota reduzida fora do horário de pico nesta sexta-feira (25/5), devido à escassez de combustível. Haverá menos coletivos das 9h às 16h e a partir das 20h.
No total, 11 regiões administrativas devem ser afetadas. A Pioneira atende São Sebastião, Jardim Botânico, Paranoá, Lago Sul, Park Way, Santa Maria e Gama.A medida faz parte do plano de contingência elaborado pelo Governo do Distrito Federal (GDF) de acordo com o estoque de diesel de cada companhia.
A Urbi põe veículos nas ruas de Recanto das Emas, Samambaia e Riacho Fundo I e II. Nos horários de maior fluxo de pessoas – das 5h às 9h e das 16h às 20h –, a operação será normal, garantiu o Executivo.
As tabelas da Piracicabana, da Marechal e da São José, por outro lado, não sofreram alteração. A TCB também irá operar normalmente. Em nota, o GDF esclareceu que o serviço será avaliado diariamente, enquanto durar a greve dos caminhoneiros.
O impacto do movimento que fecha as estradas e interrompe o abastecimento de combustível, de outros produtos e serviços também será sentido nos trilhos. O GDF determinou a extensão do horário de pico das linhas do Metrô em mais uma hora pela manhã e à noite. Dessa forma, a companhia terá que operar em capacidade máxima das 6h às 9h45 e das 16h45 às 20h45.
Dor de cabeça
O caos se instalou na capital da República, assim como em todo o Brasil. Na tarde desta quinta-feira (24/5), os consumidores já não encontravam combustíveis em 60% dos postos, segundo o Sindicombustíveis. Os locais que ainda tinham estoques do produto atraíram filas quilométricas.
E não é só isso: o desabastecimento afetou pousos e decolagens nos aeroportos do país e a distribuição de mercadorias. Embora o Aeroporto Internacional de Brasília tenha recebido um caminhão-tanque com 60 mil litros de querosene de aviação na tarde desta quinta, as operações do terminal seguem ameaçadas, pois o estoque deve durar somente até a manhã desta sexta (25).
Há também falta de gás de cozinha, limitações às compras em supermercados e aumento no preço de diversos itens. Alimentos como batata e tomate, por exemplo, dobraram de preço na Centrais de Abastecimento do Distrito Federal (Ceasa-DF).
Sem consenso entre os caminhoneiros, a greve está mantida. Como não houve acordo com o Executivo, a expectativa dos manifestantes é que a resposta saia do Congresso Nacional. Na noite de quarta (23), a Câmara aprovou uma proposta de desoneração do imposto PIS/Cofins sobre o diesel, maior reivindicação da categoria.
Antes de chegar à sanção presidencial, porém, o projeto precisa ser votado pelo Senado. O presidente da Casa, Eunício Oliveira (MDB-CE), retornou a Brasília diante da crise e marcou uma reunião com líderes dos partidos da Câmara Alta, para as 19h. O governo, no entanto, havia informado não cogitar a desoneração do PIS/Cofins, o que coloca em dúvida a possibilidade de aprovação do documento.