Rodoviários fazem paralisação e complicam volta para casa
Após conseguir reajuste de 4% em junho, categoria quer novo aumento. Novas paralisações não são descartadas
atualizado
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Rodoviários promoveram, na tarde desta quarta-feira (23/8), um bloqueio na saída de estacionamentos de ônibus na área do Mané Garrincha e nos terminais das asas Norte e Sul. O movimento prejudicou o transporte de passageiros na hora do rush, uma vez que esses coletivos são usados para reforçar o sistema nos horários de pico. Cerca de 500 motoristas e cobradores de quatro empresas decidiram cruzar os braços por cerca de duas horas: São José, Marechal, Urbi e Pioneira.
A paralisação relâmpago teve como objetivo pressionar os donos de empresas por um novo reajuste salarial. No início de julho, os rodoviários conseguiram 4% de aumento. Agora, pedem um pouco mais para que o ganho seja real e ainda que não haja cortes nos planos de saúde e odontológico, assim como aumento na carga horária de trabalho.
Segundo João Osório, diretor do Sindicato dos Rodoviários, o ato desta quarta (23) é apenas o primeiro de uma série de manifestações previstas para os próximos dias. “Hoje definimos que faremos outra assembleia apenas quando tivermos uma proposta das empresas em mãos. Pode haver ainda uma greve. A data-base é maio e desde então as negociações com as empresas não andaram”, afirmou.Por volta das 18h30, os últimos veículos que estavam parados voltaram a circular. Mesmo assim, o serviço demorou para ser normalizado. Vários pontos de ônibus ficaram lotados, enquanto passageiros aguardavam pelo fim da paralisação. Procurada pela reportagem, a associação que representa os patrões disse que mantém as negociações com os rodoviários.