Rodoviários suspendem paralisação e ônibus voltam a circular no DF
Empresas começaram a depositar adiantamento nas contas dos trabalhadores nesta quarta-feira (24/5)
atualizado
Compartilhar notícia
Os rodoviários das quatro empresas de transporte público do Distrito Federal que haviam aderido à paralisação decidiram encerrar a greve. Desde às 9h desta quarta-feira (24/5), aos poucos, os ônibus voltaram a circular. Ao meio-dia, 100% da frota estava rodando. O movimento paredista ocorreu por conta de atraso no pagamento de 40% do adiantamento de salário.
De acordo com o diretor do Sindicato dos Rodoviários, João de Jesus, as empresas começaram a depositar os valores do adiantamento salarial nas contas dos trabalhadores. “Os coletivos da empresa Marechal já estão nas ruas e estamos negociando com as outras empresas também. A previsão é que o dinheiro esteja nas contas após o meio-dia”, disse.
“Fizemos a greve e aceitamos voltar ao trabalho no domingo (21) com a promessa de que receberíamos o adiantamento nesta terça, mas isso não ocorreu”, explicou o presidente do Sindicato dos Rodoviários, Jorge Farias.
A categoria reivindicava o benefício de 40%, mas as empresas de ônibus alegaram não ter recursos para quitar a dívida por atraso nos repasses do GDF. Os rodoviários também pediam o pagamento das cestas básicas, que foi realizado nesta segunda (22). Apenas os ônibus da Viação Piracicabana estavam circulando.
A Associação das Empresas Brasilienses de Transporte Urbano de Passageiro (Abratup) alega que o GDF deve cerca de R$ 200 milhões em repasses atrasados e, por isso, as transportadoras estavam sem dinheiro em caixa para pagar os rodoviários. Segundo a entidade, haverá nesta quarta uma reunião com o governador e o secretário da área para definir um cronograma de pagamentos dos valores atrasados.
Reajuste
O adiantamento é apenas um dos problemas entre rodoviários e patrões. As negociações para atualização salarial já começaram e as empresas ainda não chegaram a um acordo com os trabalhadores. A categoria pede reajuste de 10% no salário e 20% no tíquete-alimentação. Segundo as companhias, os termos da proposta são “impraticáveis”. As partes têm até o fim deste mês para chegar a um acordo.