Rodoviários fazem assembleia neste domingo (2) e podem deflagrar greve
Categoria reivindica reajuste salarial de 10% e de 20% no tíquete-alimentação. Empresários alegam não ter recursos para pagar
atualizado
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O domingo (2/7) vai ser decisivo para os usuários de transporte público no Distrito Federal. Às 9h, motoristas e cobradores de ônibus fazem assembleia para decidir se vão ou não iniciar uma paralisação. Desde maio, a categoria tem negociado reajuste de salários com empresários do ramo. No entanto, ainda não chegaram a um acordo.
“Por enquanto não tem proposta”, afirma o presidente do Sindicato dos Rodoviários do DF, Jorge Farias. Os funcionários reivindicam 10% de reajuste salarial e de 20% no tíquete alimentação, além de passe livre no metrô. Os empresários, no entanto, alegam não ter dinheiro para custear o aumento e acusam o GDF de atrasar repasses.
No domingo, antes da assembleia, deve haver uma nova reunião entre as duas partes. Os rodoviários esperam que nova proposta seja apresentada pelos patrões. Caso não haja acordo, a categoria pretende deflagrar uma greve, que pode ter início já na segunda-feira (4).Histórico de paralisações
Em maio, os rodoviários fizeram paralisação de um dia após atraso no depósito do adiantamento de salário do mês. Em 2016, uma greve da categoria foi evitada no dia em que deveria começar. Ainda assim, por duas semanas, em julho, motoristas e cobradores rodaram com apenas 60% da frota, até que aceitaram uma proposta de reajuste salarial de 10%. A categoria reivindicava aumento de 19,8%.
Em 2014, a situação foi parecida e, às vésperas de uma greve, os rodoviários conseguiram reajuste de 20%, um dos maiores entre os concedidos em todo o Brasil naquele ano. Já em 2015, a greve chegou a ocorrer e durou três dias, até que ambas as partes chegaram a um acordo e a categoria teve aumento salarial de 10%.