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Rodoviários do DF ameaçam entrar em greve na quarta-feira (21/12)

Categoria cobra o pagamento da segunda parcela do 13º salário e adiantamento. Empresas alegam não ter dinheiro

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Brasília (DF), 22/11/2016Brasilia NoturnaLocal: Praça dos 3 Poderes / EsplanadaFoto: Felipe Menezes/Metrópoles
1 de 1 Brasília (DF), 22/11/2016Brasilia NoturnaLocal: Praça dos 3 Poderes / EsplanadaFoto: Felipe Menezes/Metrópoles - Foto: Felipe Menezes/Metrópoles

Os passageiros de ônibus do Distrito Federal podem ficar sem o transporte a partir de quarta-feira (21/12). Se as empresas viárias não depositarem a segunda parcela do 13º salário e o adiantamento dos trabalhadores até esta terça (20), a categoria ameaça entrar em greve. O problema é que as companhias já avisaram que não têm recursos em caixa.

“Se tivéssemos certeza de que eles não vão pagar amanhã, já amanheceríamos em paralisação. Como o dia 20 é o prazo final e eles têm até mais tarde para resolver a questão, vamos esperar. Mas pode ter certeza que, se os valores não forem depositados, a manhã de quarta (21) já terá os serviços paralisados”, afirma o presidente do Sindicato dos Rodoviários do DF, Jorge Farias.

As empresas de ônibus alegam que não têm dinheiro para pagar os funcionários porque os repasses do GDF estão atrasados. De acordo com as companhias, até 30 de dezembro, a dívida chegará a R$ 240 milhões.

O governo, no entanto, não reconhece esse valor. De acordo com a Secretaria de Mobilidade do DF (Semob), os pagamentos de 2016 estão em dia. “O que existe é um valor residual de R$ 10 milhões referente ao mês de outubro. Já o pagamento de novembro é feito no mês subsequente, ou seja, em dezembro. Portanto, os valores ainda estão sendo computados”, informou a pasta.

Ainda de acordo com a Semob, há uma dívida de R$ 88 milhões referente ao exercício de 2015, decorrente de “problemas orçamentários”. A pasta afirma que o valor será pago em 2017, de acordo com a disponibilidade financeira do governo e que a forma de quitar a pendência já foi acordada com as empresas.

Argumentos não convencem trabalhadores
Os rodoviários, no entanto, mantêm o posicionamento. “Essa questão entre o governo e as empresas não tem nada a ver com os trabalhadores. Os funcionários prestaram um bom serviço, mesmo com altos índices de violência e sem saber até se voltariam para casa. O que queremos é o nosso pagamento”, cobra Jorge Farias.

Sobre a possibilidade de uma paralisação dos rodoviários, a Semob afirma que se trata de uma questão entre empresas e empregados, e que o GDF “tem feito todos os esforços para quitar os pagamentos, conforme disponibilidade orçamentária”.

No mês passado, os rodoviários fizeram paralisações em duas oportunidades. Em 11 de novembro, a categoria se uniu ao Dia Nacional de Greve, organizado pela Central Única dos Trabalhadores (CUT). Já no dia 18, os funcionários das empresas de ônibus que atuam em Samambaia interromperam os serviços em protesto à onda de assaltos a coletivos que ocorre na cidade.

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