Rodoviários discutirão nova greve se reajuste não for pago em setembro
Em julho, após acordo com o GDF e as empresas, ficou acertado aumento de 10% nos salários e 11% no tíquete-alimentação a partir de setembro. Mas trabalhadores temem que o valor não seja depositado
atualizado
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Mais uma vez, os rodoviários do Distrito Federal ensaiam uma nova paralisação. Após firmarem um acordo com o Executivo e com as empresas responsáveis pelo setor na capital em julho deste ano, os trabalhadores temem que o reajuste salarial estabelecido durante as tratativas não seja depositado em setembro. Segundo o diretor do Sindicato dos Rodoviários do DF, José Carlos da Fonseca, o GDF não teria apresentado um cronograma de pagamentos às companhias e, por isso, elas teriam dificuldade de repassar o valor acordado.
De acordo com o sindicato, o GDF tem uma dívida de quase R$ 200 milhões com as empresas. Essa quantia seria usada pelos patrões para pagar o aumento de 10% nos salários e 11% no tíquete-alimentação acertado com a categoria.A incerteza sobre os depósitos motivou os funcionários a organizarem atos em algumas regiões administrativas do DF. Os boatos sobre os movimentos se espalharam, e representantes das empresas entraram em contato com o sindicato. “Eles prometeram que, no próximo dia 5, receberemos o nosso reajuste. Mas disseram que o GDF ainda não apresentou o calendário de pagamentos”, apontou Fonseca.R
Se não receberem o valor acordado, o diretor do Sindicato dos Rodoviários disse que a categoria fará uma assembleia com indicativo de greve. Em nota, o GDF informou que “está consolidando um cronograma de pagamento para o fim do exercício de 2016 e outro referente à dívida de exercícios anteriores”. E ressaltou que “a Secretaria de Mobilidade está em contato constante com as empresas para discutir o assunto e evitar transtornos à população”.
Antes de firmarem o acordo sobre o reajuste, os trabalhadores rodaram durante duas semanas com a frota reduzida. No fim de junho, os rodoviários pediam aumento de 19,86% nos salários: 9,86% referentes à inflação e 10% de ganho real. Além disso, queriam melhores condições de trabalho e destacam, como exemplo, o terminal rodoviário da Asa Norte.