Projeto que amplia idade de veículos de aplicativos avança na CLDF
Motoristas de apps como Uber, Cabify e 99 Pop defendem que média passe de cinco para oito anos
atualizado
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A Comissão de Economia, Orçamento e Finanças (Ceof) da Câmara Legislativa do Distrito Federal aprovou nesta terça-feira (17), por unanimidade, o Projeto de Lei nº 1.864/2017, de autoria do deputado Israel Batista (PV), que propõe a ampliação da idade da frota de veículos de aplicativos como Uber, Cabify e 99 Pop, além de táxis, de cinco para oito anos. A informação foi confirmada com a assessoria do parlamentar e também da Casa.
Agora, a proposta será analisada pela Comissão de Assuntos Sociais (CAS) e Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). “(Caso não fosse aprovado)Teríamos a retirada de seis mil pais de família do mercado de transporte por meio de aplicativo. Isso significaria um aumento do tempo de espera de 55%, além do custo do transporte em 32%”, disse Batista.
A Uber é a favor da proposta. “A imposição de uma idade máxima de cinco anos aos veículos é bastante prejudicial ao sistema, porque limita o acesso de quem quer dirigir com a plataforma, impactando majoritariamente as áreas mais afastadas e elitizando o serviço”, destacou a empresa, por meio de nota.
A restrição, ainda de acordo com a Uber, afetaria mais de um terço dos motoristas parceiros de Brasília, sobretudo em regiões periféricas, onde o serviço é mais necessário. “Os usuários também seriam prejudicados, já que menos condutores estariam disponíveis. Isso fará com que mais pessoas usem seus carros próprios para circular nas ruas, aumentando o trânsito”, argumenta.
Motoristas pedem taxas maiores fora do Plano Piloto
Na segunda-feira (16/4), motoristas do aplicativo Uber fizeram um protesto nas vias de acesso ao hotel Lake Side, no Lago Norte, onde diretores da empresa estavam reunidos, cobrando do aplicativo que fossem praticadas taxas maiores nas cidades do Entorno e também em regiões administrativas fora do Plano Piloto.
Eles defendem que os atuais R$ 1,05 por quilômetro rodado nessas regiões não são suficientes para custear itens como gasolina e manutenção dos veículos. No centro de Brasília, o valor é de R$ 1,25.
“Nós queremos tarifas mais justas. Com os valores que são cobrados atualmente, fica impossível para a maioria comprar um carro novo ou mesmo realizar a manutenção. Em poucos anos, a frota estará sucateada”, defende a motorista Miriam Dutra, 47, uma das organizadoras do ato.
