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GDF cobra pagamento de multa de R$ 100 mil por dia de greve no metrô

De acordo com empresa que opera o sistema, apesar de decisão judicial, servidores em greve não têm comparecido ao trabalho

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Rafaela Felicciano/Metrópoles
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1 de 1 Rafaela Felicciano/Metrópoles - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Os passageiros que costumam utilizar o metrô devem se preparar: assim como ocorreu durante o sábado (18/11) e o domingo (19), os trens não vão rodar nesta segunda (20). De acordo com a empresa que opera o sistema, a greve dos metroviários impede o funcionamento de maneira segura. A Secretaria de Mobilidade disponibilizou 67 ônibus extras para circular.

De acordo com o Metrô-DF, apesar da decisão judicial que determina a disponibilização de 90% dos funcionários durante a paralisação, o Sindicato dos Metroviários do DF (Sindmetro-DF) não tem escalado os servidores para o trabalho.

A lista com a escala deveria ser enviada até as 14h de domingo, mas, de acordo com a empresa, o pedido foi novamente ignorado – no sábado, a determinação já não havia sido cumprida.

A Procuradoria-Geral do DF informou ao Tribunal Regional do Trabalho (TRT) o descumprimento da decisão por parte dos metroviários. O GDF também exigirá o pagamento, pelo sindicato da categoria, da multa fixada de  R$ 100 mil por cada dia de paralisação.

Até a última semana, o metrô rodou em horário de pico – 6h às 10h e 16h30 às 20h30 – com 75% da capacidade. Servidores que ocupam cargos de chefia foram alocados na operação de trens para manter o sistema em funcionamento. Segundo a empresa, esse esquema não será mais realizado.

A companhia informou que até a semana passada conseguiu garantir a circulação de 21 trens e a abertura das 24 estações remanejando pessoal de outras áreas. A medida foi tomada apostando que a paralisação seria breve. Porém, com a continuidade do movimento grevista, os servidores tiveram que retornar às suas tarefas, já que outras atividades estavam comprometidas. Ainda de acordo com o Metrô-DF, a adesão à greve aumentou nos últimos dias, o que comprometeu ainda mais a manutenção do serviço.

A empregada doméstica Ana Elisa Silva, 32 anos, foi pega de surpresa com a paralisação de segunda. “Como eles estavam funcionando mesmo em greve, não me programei”, disse. A trabalhadora, que mora em Ceilândia, ficou por quase uma hora na parada esperando um ônibus: “Já liguei para a patroa e avisei que vou atrasar”.

Analista de sistemas, Jorge Magalhães, 41 anos, mora em Águas Claras e usa o metrô para trabalhar todos os dias. Ao encontrar a estação de Arniqueiras fechada, nesta manhã, voltou para casa e tirou o carro da garagem. “É o jeito. Enfrentar um engarrafamento sem fim e ter que circular quase por uma hora até encontrar uma vaga para estacionar”, revolta-se.

Greve
Os trabalhadores reivindicam recomposição salarial de acordo com a inflação e a nomeação de mais de 600 aprovados em concurso. O Governo do Distrito Federal já havia se comprometido a atender os pleitos da categoria desde a última greve dos metroviários, em 2015. No entanto, isso não ocorreu. O Executivo local afirma que não tem recursos para conceder os pedidos.

A greve dos metroviários é também o centro de uma ação de dissídio coletivo movida pelo Metrô-DF na Justiça do Trabalho. Na última semana, o Sindmetro-DF pediu a reconsideração da liminar que determina a disponibilização de 90% dos servidores durante a paralisação. O Metrô-DF apresentou réplica e o caso será analisado pelo desembargador Pedro Luís Vicentin Foltran, do Tribunal Regional do Trabalho (TRT-10).

A reportagem aguarda manifestação do sindicato da categoria.

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