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Preço da gasolina sobe e brasiliense já encontra combustível a R$ 4,60

O valor do etanol passou, em média, de R$ 2,69 para R$ 2,79. Mudança foi autorizada na noite dessa terça-feira (29/9) pela Petrobras

atualizado

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1 de 1 gasolina-1 - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

O brasiliense amanheceu nesta quarta-feira (30/9) pagando mais caro para abastecer o carro. Os postos de combustível não demoraram para repassar ao consumidor o reajuste de 6% autorizado pela Petrobras para as refinarias e cobram, em média, R$ 3,59 no litro da gasolina e R$ 2,79 no litro do etanol, um aumento de 2,25% e 3,71%, respectivamente. Há postos, porém, que cobram até R$ 3,62 pela gasolina. Já o combustível do tipo premium chega a R$ 4,60. A mudança no preço ocorreu à meia-noite.

O servidor público João Costa, 56, foi pego de surpresa ao completar o tanque. “Pensei que o aumento seria na quinta-feira. Não imaginei que seria, assim, tão imediato”, desabafou. Sem alternativas, Francisco Santana, motorista de 39 anos, disse que até chegou a pensar em usar a bicicleta ou adquirir uma moto para ir ao trabalho, contudo, teme pela segurança. “O transporte público daqui não é eficiente, não temos ciclovias e poucas pessoas respeitam os motociclistas no trânsito. É um absurdo tantos impostos aumentarem e não termos, ao menos, reajuste salarial”, destaca.

*Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles**
*Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles**



A publicitária Raquel Guimarães, 41, lembra que na última semana encheu o tanque de gasolina com R$ 168, e hoje, para ter o mesmo volume de combustível, teve que desembolsar R$ 180. “Em Brasília não tem como ficar sem carro. Preciso dele para levar as crianças na escola e trabalhar. Infelizmente, a população fica com o ônus”, reclama. Para driblar a crise, há quem decida por remanejar os gastos e até mesmo cortar despesas. Márcia Malvina, 45, cortou, por exemplo, alguns passeios com a família e idas para restaurantes. “Não há como se preparar para esses aumentos, ainda mais em um ano como este (de crise), cheio de reajustes”, afirma.

Para quem utiliza o veículo como instrumento de trabalho, o impacto é ainda maior. Edimilson Cavalcante, 47, é adestrador de cães e roda aproximadamente 300 km todos dias. Para diminuir os gastos, ele prefere deixar o carro na garagem e fazer o trabalho com uma moto. Porém, mesmo assim sente o aumento no bolso. Só com os gastos de combustível, o custo semanal cresceu 25%. “Abasteço dia sim, dia não. Toda semana eu gasto R$ 75 para encher o tanque da moto. Mesmo em período de chuva, em que é mais perigoso circular com esse tipo de veículo, ainda prefiro a moto, porque é mais barato que o carro”, diz. Segundo ele, enquanto o automóvel consome, em média, 12km/l, a motocicleta faz quase 30km/l.

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Edimilson lamenta mais um aumento na gasolina

O Sindicato de Postos de Combustíveis (Sindicombustíveis) afirmou que cabe a cada dono de posto definir o valor que será repassado ao consumidor – dentro do limite que foi autorizado pela Petrobras para as refinarias.

“Os preços da gasolina e do diesel, sobre os quais incide o reajuste anunciado, não incluem os tributos federais Cide e PIS/Cofins e o tributo estadual ICMS”, especificou a estatal em nota. A recomposição de preços é uma estratégia da companhia para recuperar sua situação financeira e permitir que possa manter os investimentos previstos. Apesar do aumento do álcool despontar ante a gasolina, a advogada Neiva Miranda prefere abastecer com o etanol. “Pesa no bolso e rende menos, mas entendo que a Petrobras não tinha outra alternativa perante essa crise econômica”.

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