No DF, semana começa com ameaça de greve em ônibus e no metrô
Metroviários e rodoviário fizeram assembleias nesse domingo (16/9) e decidiram paralisar as atividades no próximo dia 24
atualizado
Compartilhar notícia
A semana começa com ameaça de greve nos transporte público do DF. Metroviários e rodoviários fizeram assembleias nesse domingo (16/9) e decidiram cruzar os braços a partir do dia 24 (próxima segunda-feira), caso suas reivindicações não sejam atendidas. Caso a paralisação de confirme, mais de um milhão de pessoas vão ficar sem ter como ir e vir na capital da República.
O Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Metroviários do Distrito Federal (Sindmetro) reivindica a nomeação de 301 pessoas aprovadas no último concurso da empresa. Segundo o sindicato, o Metrô-DF se propôs a nomear apenas 16 novos servidores. Os trabalhadores pedem também a mudança na jornada de trabalho nas estações e cumprimento do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT).
Os termos e condições para a circulação mínima dos trens não foram definidos. Na última greve da categoria, a Justiça determinou que 75% dos carros circulem nos horários de pico.
Ônibus
Centenas de rodoviários também fizeram uma assembleia, no Setor de Diversões Sul, atrás do Conic. Eles devem entrar em greve no mesmo dia.
Com o estacionamento lotado, a maioria dos rodoviários presentes ao ato levantou os braços apoiando a decisão dos sindicalistas de entrar em greve se as negociações com as empresas de transporte coletivo não avançarem nesta semana. E, a depender das conversas com as cinco empresas do setor, podem fazer paralisações-relâmpago nos terminais de ônibus durante esta semana.
De acordo com Jorge Farias, presidente do Sindicato dos Rodoviários, o próximo passo da categoria é esperar o convite dos empresários para a negociação e, também, organizar atos nos terminais rodoviários. “Queremos os 7% de reajuste. As empresas só ofereceram um reajuste de 2,71%. E a contraproposta das empresas é implantar a terceirização com o pessoal da manutenção, portaria e arrecadadores, profissionais que recebem o dinheiro dos cobradores. Além disso, elas querem criar a jornada intermitente. Isso é acabar com o trabalhador”, explica.
De acordo com a assessoria de imprensa da Transportes Integrados do Distrito Federal (Transit-DF), que reúne a Urbi e a Piracicabana, as duas empresas não buscam o conflito e trabalham para que as negociações com os rodoviários continuem e seja possível um acordo sem que a população seja prejudicada.
As duas empresas entraram na última quinta (13) com uma ação de tutela cautelar em caráter antecedentes – preparativo de dissídio de greve e já obtiveram na Justiça do Trabalho, na sexta (14), uma decisão garantindo que os serviços sejam mantidos.
De acordo com a decisão da desembargadora Maria Regina Machado Guimarães, no caso de paralisação, devem ser “trabalhadores ativos no serviço, de molde a garantir a circulação de 80% por linha de cada empresa, nos horários de pico. A desembargadora também fixou multa de R$ 100 mil reais por dia para o sindicato no caso de descumprimento da liminar.
O Transit-DF esclarece ainda que as propostas de terceirização e da alteração da jornada de trabalho, citadas pelos sindicatos, não foram incluídas na pauta de negociação pela Urbi e pela Piracicabana. Essas propostas, apresentadas exclusivamente pelos representantes das outras três empresas, vêm causando, inclusive, transtornos nas negociações.