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“Muita fumaça e correria”, diz rapaz sobre explosão no metrô. Vídeos

De acordo com a Companhia do Metropolitano, curto na parte elétrica foi provocado por galhos de árvores que caíram nos trilhos

atualizado

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vista geral do metro
1 de 1 vista geral do metro - Foto: Michael Melo/Metrópoles

Quem voltava de metrô para casa na noite dessa quarta-feira (31/10) passou por um baita susto. Uma explosão paralisou o sistema do transporte sobre trilhos por cerca de três horas, causou transtornos e confusão. Algumas pessoas inalaram fumaça e foram atendidas pelas equipes do Corpo de Bombeiros que estavam na área do incidente. O serviço está funcionando normalmente nesta quinta (1º/11). Os usuários, porém, se queixam das constantes falhas.

Seguido de explosão, o curto-circuito na parte elétrica ocorreu por volta das 19h dessa quarta na Estação Arniqueiras. Em vídeos gravados, é possível ver o desespero dos passageiros, que precisaram deixar o local às pressas. Em uma das imagens, há muita fumaça e gritaria na estação.

Em outra, as pessoas abrem as portas do trem, descem do vagão e andam a pé pelos trilhos, na escuridão, para chegarem até a plataforma mais próxima. Em um terceiro vídeo, um rapaz diz: “Pegou fogo no metrô, galera”. Na mesma filmagem, um segurança da empresa pede para que os usuários subam a escada depressa.

O estudante Lucas Rosa, 22 anos, gravou um dos vídeos. Conforme relatou, na hora que abriu a porta do trem, a fumaça tomou conta da Estação Arniqueiras. “Não dava para enxergar direito. O vagão estava cheio. Ficamos assustados. Foi muita correria. Os seguranças do local chegaram e já nos pediram para subir, pois a fumaça é tóxica”, destacou.

 

Assista aos vídeos:

Com base em informação do Metrô, investigações preliminares apontam que galhos caíram nos trilhos, por causa da chuva, e atingiram o cabo de energia de um dos trens. O veículo danificado passará por perícia.

De acordo com a direção da empresa, o problema interditou a estação por cerca de três horas, no horário de pico. A explosão foi registrada às 18h55. O sistema teve o serviço restabelecido às 22h15. Por questão de segurança, após o trem parar na plataforma, os passageiros do carro seguinte precisaram descer dos vagões. Houve interrupção da energia e paralisação parcial do funcionamento do metrô.

Quem embarcava na Estação Central teve que, obrigatoriamente, desembarcar na Estação Feira. Já os usuários que pegavam o transporte em Samambaia ou Ceilândia só poderiam ir até a Estação Águas Claras.

Imagens da explosão:

Usuários
O incidente deixou a cidade de Águas Claras tumultuada. Sem a circulação de trens na região administrativa, as ruas ficaram mais engarrafadas do que o normal. O estudante Warley Souza, 20, diz que pega o metrô todos os dias. “Sempre que chove, ocorre algum tumulto ou defeito nos trens”, afirma o morador de Ceilândia.

Nessa quarta (31), durante a falha no sistema, Warley conta que ficou cerca de meia hora esperando na Estação Shopping, pois, devido à explosão, alguns trens estavam parados. “Foi uma confusão em Arniqueiras. Tinha gente passando mal porque inalou a fumaça, e os bombeiros tiveram de socorrer. A estação estava fechada para quem queria entrar”, ressaltou.

O também estudante Yuri Guimarães, 21, é usuário do metrô e afirma que, para ele, o principal problema é a superlotação. “As janelas são pequenas, fica muito quente. Várias vezes já presenciei alguém com queda de pressão por causa do calor”, frisou.

No dia 14 de outubro deste ano, o Metrópoles mostrou, em matéria da série DF na Real, os transtornos enfrentados pelos passageiros que utilizam o metrô. De 2015 para cá, o número de usuários aumentou 12,9%. Apesar disso, não houve, no período, melhorias capazes de acompanhar a curva de crescimento da demanda.

Em média, 162,5 mil pessoas usam o transporte de trilhos na capital do país diariamente, de acordo com dados da Companhia do Metropolitano. Há três anos, elas somavam 144 mil.

Os investimentos em manutenção também apresentaram incremento: o valor é cinco vezes maior em 2017, quando comparado às aplicações de 2013 a 2016. O aporte saltou de R$ 4,5 milhões anuais para R$ 22,2 milhões. Entretanto, problemas como superlotação e falhas estruturais ainda dão o tom das reclamações dos usuários.

De acordo com o Metrô, de janeiro a outubro deste ano, foram registrados 36 incidentes no sistema, contra 66 no mesmo período do ano passado.

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