Movimento Passe Livre protesta contra o aumento das tarifas de ônibus
Três pessoas foram detidas durante manifestação na Rodoviária. Policiais e ativistas ficaram feridos
atualizado
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Os manifestantes do Movimento Passe Livre se reuniram no fim da tarde desta sexta-feira (18/9) na Rodoviária do Plano Piloto para protestar contra o reajuste nas tarifas de ônibus propostas pelo Governo do Distrito Federal.
Depois de caminhar pelo Eixo Monumental e fechar as seis faixas da avenida, os manifestantes retornaram à Rodoviária e tentaram invadir a estação de metrô do local. Lá, a PM e o grupo de aproximadamente 300 pessoas entraram em conflito. Policiais e ativistas ficaram feridos.
Durante a confusão, os militares soltaram gás de pimenta e conseguiram dispersar o grupo. Duas pessoas foram detidas e encaminhadas para a 5ª DP. Entre eles estava Raphael Sebba, servidor do GDF e candidato a deputado federal pelo PSB nas últimas eleições.
Em nota, a PM informou que usou o gás de pimenta após a tentativa de diálogo com os manifestantes dar errado. Eles comunicaram que 2 policiais ficaram feridos e que um menor foi detido com dois coquetéis molotov e bombas tipo “cabeção”. Cerca de 100 militares participaram da ação.
Os manifestantes gritavam palavras de ordem contra a PM e pediam o fim da instituição. “Sem hipocrisia, a polícia mata gente todo dia”, diziam. Mais cedo, o protesto chegou a reunir 600 pessoas.
Antes de saírem da plataforma inferior, os manifestantes foram convocados por Leila Saraiva, 27 anos: “Transporte é direito e não mercadoria. O governo fala que não pode fazer nada, mas isso é mentira. Ele pode mexer no bolso dos empresários. Boa noite, Rollemberg” – referência ao meme que circula na internet.
Concentração A estudante Laura Freitas, 16 anos, ficou sabendo da manifestação pelo Facebook. “Tirar do povo não é a saída”, opina.
O MTST se juntou ao Movimento Passe Livre. Ele declararam que também não aceitaram o aumento das passagens de ônibus.
Funcionários do Incra, do Ministério do Desenvolvimento Agrário e integrantes da Aneel chegaram por volta das 17h. Os organizadores alertaram que a passeata era aberta a todos os que quisessem participar. Militantes do PSTU também estiveram na Rodoviária.
Bandeiras do Partido Comunista Brasileiro (PCB) e da Central Sindical Popular se uniram ao protesto. Além do aumento das tarifas, os manifestantes reclamaram do aumento nos restaurantes comunitários e do congelamento dos salários.