Metrô recorre à Justiça para manter funcionamento neste domingo
Funcionários decidiram paralisar as atividades por risco aos passageiros e servidores, já que os ânimos estarão “acirrados” e não haveria efetivo suficiente para garantir segurança
atualizado
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O Metrô do Distrito Federal recorreu à Justiça para manter o funcionamento do sistema neste domingo (17/4). A empresa anunciou um horário especial (das 11h às 23h) para atender os manifestantes que pretendem ir à Esplanada dos Ministérios, mas o servidores decidiram paralisar as atividades alegando insegurança no sistema. A empresa trabalha com a possibilidade de liberar as catracas e reduzir o número de estações caso não haja funcionários suficientes.
Segundo o Sindicato dos Metroviários (SindMetrô), o quantitativo de servidores é insuficente para garantir o funcionamento sem colocar em risco a segurança dos passageiros e trabalhadores. A categoria teme que em função dos “ânimos acirrados”, a operação possa ficar comprometida.“No Carnaval, o Metrô fez isso. Os metroviários assumiram a possibilidade de trabalhar sob esquema de segurança. O governo disse que iria implantar um esquema de segurança, e mesmo assim, foi aquele caos. Uma pessoa foi esfaqueada, trens foram depredados, funcionários foram arrancados da cabine”, afirmou Ronaldo Amorim, diretor do sindicato. “Agora prometeram o mesmo plano, e não queremos chegar na segunda-feira com outro velório.”
Ao anunciar o horário especial, o Metrô destacou que a partir das 20h, somente a estação Central (Rodoviária do Plano Piloto) ficará aberta para embarque e desembarque. Todas as 23 demais ficarão abertas apenas para desembarque.
“Temos a consciência de que domingo é um dia histórico para o nosso país, mas, com os ânimos acirrados em ambos os lados nesta delicada situação política, não podemos sacrificar a integridade física e psicológica dos colegas de trabalho, nem dos usuários. A nossa intenção não é prejudicar mas, sim, resguardar toda a população”, completou Amorim.
A assessoria do Metrô informou que só vai se manifestar oficialmente depois de a Justiça se pronunciar.