metropoles.com

Metrô-DF: além da greve, chuva alaga trilhos e atrasa volta para casa

Alagamento impede tráfego de trens na Estação Onoyama, em Taguatinga, e em Ceilândia. Circulação só vai até a Estação Concessionárias

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Daniel Ferreira/Metrópoles
grevê metrô-df 2019
1 de 1 grevê metrô-df 2019 - Foto: Daniel Ferreira/Metrópoles

Já não bastasse a dificuldade em voltar para casa após a paralisação promovida por metroviários do DF, brasilienses também enfrentaram problemas em decorrência das fortes chuvas que atingiram a capital federal nesta quinta-feira (02/05/2019). Comunicado emitido nas redes sociais da Companhia do Metropolitano do Distrito Federal (Metrô-DF) informava que os trens trafegavam apenas até a Estação da Praça do Relógio, pois havia “um alagamento dos trilhos na área da Estação Onoyama, em Taguatinga”.

Ainda segundo o órgão, uma equipe de manutenção foi deslocada para o local. Por volta das 18h30, o Metrô-DF informou que a circulação foi liberada na Estação Onoyama, mas com restrição de velocidade.

Em Samambaia, a circulação dos trens era normal; no entanto, para Ceilândia, as composições circulavam só até a Estação Concessionárias. A fila para comprar bilhetes na Rodoviária do Plano Piloto chegou a 80 metros.

O pintor Paulo César Silva reclamou da paralisação. “Essa greve só vem para prejudicar a gente que trabalha.” Ele afirmou que não sabia da redução dos serviços, mas esperava que a situação se resolvesse logo, para que os transtornos fossem diminuídos. “Quero ir para Ceilândia, mas já estou há muito tempo aqui. Uma meia hora na fila para comprar o bilhete é absurdo”, disse ao Metrópoles.

O garçom Carlos Alberto Santos também relatou que não sabia da greve até ver a enorme fila. “Hoje pela manhã peguei o metrô tranquilamente de Ceilândia, e agora está essa fila enorme. Não tem condições”, reclamou.

Horário especial
A greve dos servidores do Metrô-DF mudou o horário de funcionamento nas estações. A partir desta quinta-feira (02/05/2019), os usuários poderão usar o sistema apenas entre 5h30 e 10h30, e das 16h30 às 21h30.

Aos sábados, os trens rodarão das 5h30 às 10h30 e das 14h30 às 19h30. Ficarão parados aos domingos, pelo menos enquanto durar o movimento dos funcionários.

Ou seja, nos dias de semana, as estações não abrirão das 10h30 às 16h30. E fecharão bem mais cedo. Em dias normais, o Metrô-DF opera de segunda a sábado, das 5h30 às 23h30. Aos domingos e feriados, das 7h às 19h.

4 imagens
Passageiros pegam fila para entrar no metrô de Brasília
Contudo, houve questionamento sobre a legitimidade do evento, já que o DF está com a pandemia, com riscos de participação presencial
1 de 4

Também está prevista a melhoria nas estações, em termos de funcionabilidade, acessibilidade, segurança e informação ao usuário

Daniel Ferreira/Metrópoles
2 de 4

Passageiros pegam fila para entrar no metrô de Brasília

Daniel Ferreira/Metrópoles
3 de 4

Igo Estela/Metrópoles
4 de 4

Contudo, houve questionamento sobre a legitimidade do evento, já que o DF está com a pandemia, com riscos de participação presencial

Daniel Ferreira/Metrópoles

 

Assembleia
Em assembleia realizada com a categoria nesse feriado de 1º de maio, o Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Metroviários do Distrito Federal (SindMetrô-DF) decidiu deflagrar a greve – que já estava prevista para começar a partir desta quinta-feira (02/05/2019). Durante a reunião, os dirigentes da entidade apresentaram a proposta oferecida pela empresa aos profissionais, mas ela foi rejeitada e a paralisação, a qual já havia sido anunciada, mantida.

O encontro reuniu pouco mais de 400 empregados na Estação Praça do Relógio, em Taguatinga, segundo balanço feito pela Polícia Militar. Na votação, 186 servidores foram favoráveis à greve e 73 contrários. De acordo com o sindicato, 30% dos funcionários vão continuar trabalhando nos dias da greve e oito trens rodarão em horário de pico – normalmente são 24.

Proposta rejeitada
O governo ofereceu a manutenção, em sua integralidade, do Acordo Coletivo de Trabalho 2017/2019 e seus termos aditivos, pelo período de 1º de junho de 2019 a 1º de abril de 2020. O documento traz direitos relacionados a salários, reajustes, jornadas de trabalho, gratificações, adicionais, entre outros.

O sindicato reclama que benefícios sociais reunidos em 52 cláusulas teriam sido cortados. Além disso, o Metrô-DF não estaria cumprindo acordos coletivos, judiciais e sentenças da Justiça favoráveis à categoria desde 2015.

A assessoria do Metrô-DF informou que o SindMetrô-DF decidiu “manter a greve apesar dos esforços do Governo do Distrito Federal em realizar um acordo que evitasse a paralisação”.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comDistrito Federal

Você quer ficar por dentro das notícias do Distrito Federal e receber notificações em tempo real?