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Metroviários entram em greve. Paralisação começa nesta quinta-feira

Categoria tomou a decisão em assembleia realizada na noite desta quarta (01/05/2019). Segundo sindicato, só 30% dos servidores vão trabalhar

atualizado

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1 de 1 greve metrô-df - Foto: JP Rodrigues/Metrópoles

Em assembleia realizada com a categoria neste feriado de 1º de maio, o Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Metroviários do DF (SindMetrô-DF) decidiu manter a greve prevista para começar a partir desta quinta-feira (02/05/2019). Durante a reunião, os dirigentes apresentaram a proposta oferecida pela empresa aos profissionais, mas ela foi rejeitada e a paralisação, que já havia sido anunciada, mantida.

De acordo com a assessoria da Companhia do Metropolitano, 18 dos 24 trens que geralmente funcionam no horário de pico estão rodando na manhã desta quinta, número mínimo para garantir a segurança dos usuários. A empresa diz que não tem de colocar apenas 30% da frota em circulação, como o sindicato da categoria deliberou. Todas as estações de embarque e desembarque estão funcionando, ainda segundo a empresa.

Em função da greve, a faixa exclusiva para ônibus na Estrada Parque Núcleo Bandeirante (EPNB) está liberada para fluxo de todos os veículos enquanto durar a paralisação. Já a Estrada Parque Taguatinga (EPTG) continua com a operação na faixa reversa nos horários de pico (das 6h às 9h e das 17h30 às 19h45).

A assembleia reuniu pouco mais de 400 empregados na Estação Praça do Relógio, em Taguatinga, segundo balanço feito pela Polícia Militar. Na votação, 186 servidores foram favoráveis à greve e 73 contrários. Segundo o sindicato, 30% dos funcionários vão continuar trabalhando nos dias da greve e haverá oito trens rodando em horário de pico. Mas o Metrô garantiu um número maior.

“Caberá ao Metrô-DF definir a distribuição de servidores nas estações”, disse a diretora de Comunicação do SindMetrô-DF, Renata Campos. Procurada pela reportagem na noite de quarta-feira, a assessoria do Metrô-DF informou que “o SindMetrô-DF decidiu manter a greve apesar dos esforços do Governo do Distrito federal em realizar um acordo que evitasse a paralisação”. Segundo a companhia, nesta quinta-feira será definido o plano de ação para minimizar os transtornos aos passageiros.

A categoria rejeitou a proposta do governo, que ofereceu a manutenção, em sua integralidade, do Acordo Coletivo de Trabalho 2017/2019 e seus termos aditivos, pelo período de 1º de junho de 2019 a 1º de abril de 2020. O documento traz direitos relacionados a salários, reajustes, jornadas de trabalho, gratificações, adicionais, entre outros direitos.

O sindicato reclama que benefícios sociais reunidos em 52 cláusulas teriam sido cortados. Além disso, o Metrô não estaria cumprindo acordos coletivos, judiciais e sentenças da Justiça favoráveis à categoria desde 2015.

Categorias insatisfeitas
Cobrando benefícios, reajustes e o pagamento da polêmica terceira parcela do aumento salarial aprovado ainda na gestão Agnelo Queiroz (PT), outras categorias iniciam as discussões que podem resultar em novas greves.

A lista inclui o Sindicato dos Servidores Públicos Civis da Administração Direta, Autarquias, Fundações e Tribunal de Contas do Distrito Federal (Sindireta), o Sindicato dos Professores (Sinpro) e o Sindicato dos Técnicos em Enfermagem (Sindate). Lideranças da Polícia Militar também cogitam a retomada da Operação Tartaruga.

Durante a campanha eleitoral em 2018, Ibaneis prometeu pagar a terceira parcela e adotar uma política de valorização salarial dos trabalhadores. Contudo, após a recente decisão do Tribunal de Contas da União (TCU), tirando do DF a arrecadação de R$ 700 milhões anuais referentes ao Imposto de Renda dos salários pagos com recursos do Fundo Constitucional e cobrando um passivo de R$ 10 bilhões, o discurso mudou.

O emedebista disse que o pagamento do reajuste e de outros benefícios está condicionado a conseguir reverter a decisão do TCU. O GDF recorreu da decisão da Corte de Contas no Supremo Tribunal Federal (STF).

Se não conseguir sentença favorável, adotará uma política de arrocho, com cortes de gastos para reequilibrar o orçamento.

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