Metrô continuará circulando com 75% da frota nesta sexta-feira (24/11)
Companhia do Metropolitano do DF e sindicato dos metroviários não chegaram a acordo sobre planejamento do serviço até o fim da greve
atualizado
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Não houve consenso entre a Companhia do Metropolitano do DF (Metrô-DF) e o sindicato dos metroviários em reunião nesta quinta-feira (23/11) para traçar o planejamento do transporte até o fim da greve. Assim, o serviço permanecerá circulando com quantidade de trens reduzida, nesta sexta (24). A paralisação já dura 15 dias.
De acordo com a decisão do desembargador Pedro Luís Vicentin Foltran, do Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região (TRT-10), nos horários de pico dos dias úteis, 75% da frota — 18 trens — devem circular. Nesse caso, a demora entre as viagens será de seis a 12 minutos (veja abaixo).
Porém, nos horários intermediários, aos sábados e domingos, quando o percentual obrigatório será reduzido para 30% da frota, (12, cinco ou três trens, dependendo do dia), a espera será bem maior, de até uma hora em algumas linhas.Aos sábados, 12 trens estarão em circulação no horário de pico, quatro no intervalo da manhã e quatro no da noite. No domingo, serão três trens durante todo o dia.
Na reunião, o sindicato propôs mandar às estações a mesma quantidade de trabalhadores desta quinta, avaliada pelo Metrô-DF como insuficiente para abrir todos os terminais. A assessoria da companhia afirmou ao Metrópoles que houve catracas liberadas nesta data, por falta de funcionários, o que causa prejuízo financeiro à empresa. E explicou que é necessário, no mínimo, três trabalhadores em estação para que o local opere normalmente.
Após mais de quatro horas de debate, o secretário de assuntos jurídicos do sindicato, Leandro Martins, afirmou que haverá nos terminais o mesmo número de funcionários desta quinta. Ele acrescentou que o Metrô-DF acenou com a possibilidade de fechar parte das estações, por falta de trabalhadores. Isso, segundo o sindicato, foi um dos entraves para o consenso.
Decisão judicial
Em nota, o Metrô-DF afirmou: “Como não há referências na decisão judicial sobre o número de empregados, de estações, de seguranças e de centros de controle que devem estar disponíveis durante a greve, é essencial que as partes voltem a se reunir para definição desses quantitativos”.
A companhia acrescentou que irá solicitar ao sindicato a continuidade da reunião. “Enquanto isso, a direção está se esforçando para cobrir as faltas dos empregados que aderiram à greve”, finalizou.
Mais cedo, a direção do Metrô-DF lamentou os transtornos à população, mas informou que cumprirá, rigorosamente, a decisão do TRT. De acordo com o despacho do desembargador, a responsabilidade da operação do sistema é compartilhada entre a direção do Metrô-DF e o Sindicato dos Metroviários.
O Sindicato dos Metroviários se recusa a retomar integralmente os serviços enquanto o GDF não apresentar uma proposta. A categoria reivindica reajuste salarial e nomeação de mais 600 aprovados em concurso. O governo alega não ter recursos para conceder os pedidos.
Confira o tempo de espera:
DIAS ÚTEIS
Horário de pico: das 6h às 8h45 e das 16h45 às 19h30
– 6 minutos de Central a Águas Claras e vice-versa
– 12 minutos nos ramais de Ceilândia e Samambaia
Horário de vale da manhã: das 8h45 às 16h45
– 18 minutos de Central a Águas Claras e vice-versa
– 36 minutos nos ramais de Ceilândia e Samambaia
Horário de vale da noite: das 19h30 às 23h30
– 30 minutos de Central a Águas Claras e vice-versa
– 60 minutos nos ramais de Ceilândia e Samambaia
SÁBADOS
Horário de pico: das 6h às 9h45 e das 17h às 19h15
– 8 minutos de Central a Águas Claras e vice-versa
– 16 minutos nos ramais de Ceilândia e Samambaia
Horário de vale da manhã: das 9h45 às 17h
– 23 minutos de Central a Águas Claras e vice-versa
– 46 minutos nos ramais de Ceilândia e Samambaia
Horário de vale da noite: das 19h15 às 23h30
– 30 minutos de Central a Águas Claras e vice-versa
– 60 minutos nos ramais de Ceilândia e Samambaia
DOMINGOS
Horário: das 7h às 19h
– 30 minutos de Central a Águas Claras e vice-versa
– 60 minutos nos ramais de Ceilândia e Samambaia