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Mesmo após Trickster, DFTrans mantém permissão de 12 investigados

Fraude no sistema de bilhetagem eletrônica pode ter provocado prejuízo de R$ 80 milhões aos cofres públicos do DF

atualizado

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Rafaela Felicciano/Metrópoles
operação Trickster, PCDF, DFtrans
1 de 1 operação Trickster, PCDF, DFtrans - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Pelo menos 16 empresários seriam responsáveis por esquemas milionários na bilhetagem eletrônica do DFTrans, órgão do Governo do Distrito Federal responsável pelo sistema de transporte urbano. A investigação começou na Operação Trickster e consta em relatório da Controloadoria-Geral do Distrito Federal (CGDF). Apesar disso, o órgão não divulgou o nome dos acusados de desviar pelo desvio de R$ 43,1 milhões na bilhetagem eletrônica do DFTrans.

De acordo com a investigação, os acusados teriam causado prejuízo de R$ 80 milhões aos cofres públicos do DF. O rombo é, segundo a CGDF, referente à suposta fraude no uso de bilhetagem por 28 permissionários que atendiam em Paranoá, Sobradinho, Brazlândia, Gama e Planaltina, especialmente nos trechos que atingem a área rural das regiões.

Após ter sido deflagrada a Operação Trickster, o GDF exonerou parte de servidores do DFTrans. O órgão sustenta que, do total de suspeitos de fraudar bilhetagem, 16 já foram afastados. Ainda de acordo com o departamento, apesar da conclusão da Controladoria, 12 permissionários permanecerão operando linhas até o mês de novembro.

A reportagem tentou contato com a Controladoria-Geral do DF e também com o DFTrans. Contudo, até a última atualização os dois órgãos não haviam respondido os questionamentos do Metrópoles.

Operação Trickster
Seis dos 34 investigados na Operação Trickster tiveram a prisão preventiva decretada, em abril, após mega-ação da Polícia Civil e do Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT). Os investigadores apontam que empresários integravam esquema de fraudes e desvios de recursos do Sistema de Bilhetagem Automática (SBA) do DFtrans.

A decisão de tornar preventiva, a prisão que era temporária foi da 3ª Vara Criminal de Brasília a partir de uma representação da Polícia Civil. O pedido foi elaborado pela Coordenação Especial de Combate à Corrupção, ao Crime Organizado e aos Crimes Contra a Administração Pública (Cecor).

Entre os seis presos, estava o auditor Pedro Jorge Brasil, na mira da PCDF desde a Operação Checklist, deflagrada em outubro de 2017. A decisão também inclui André Vidal Vasconcelos Silva, Eric Souza dos Santos, Renato de Melo Alves, Vinícius Volpon Quatio e Rodrigo José Silva Pinto.

De acordo com as investigações, Pedro Jorge Brasil, que era lotado desde 2014 na Subsecretaria de Fiscalização, Auditoria e Controle (Sufisa), da Secretaria de Mobilidade, seria o líder do esquema. Ele utilizava-se do cargo para vincular falsos funcionários ao recebimento de vale-transporte. Outros servidores do DFtrans o ajudavam a alimentar o sistema com as informações.

Com um contracheque de quase R$ 19 mil mensais, Pedro Jorge queria mais. As investigações apontam o desvio com a senha usada por ele seria de até R$ 3,5 milhões. Os investigados foram indiciados pelos crimes de peculato eletrônico, associação criminosa e lavagem de dinheiro.

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