Impasse sobre horas extras prolonga greve de rodoviários da Marechal no DF
Após um suposto acordo, trabalhadores voltaram atrás e mantiveram paralisação dos coletivos da empresa
atualizado
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Após um suposto acordo entre a Marechal e os funcionários da empresa para finalizar a greve iniciada na manhã desta terça-feira (6/10), um novo impasse trava a volta da circulação dos ônibus em várias cidades do Distrito Federal. O pagamento dos salários atrasados já foi feito, mas as horas extras ainda estão pendentes.
Segundo o diretor financeiro do Sindicato dos Rodoviários, João Osório, o combinado era que todos os débitos fossem pagos ainda nesta terça. “A empresa ficou de fazer o pagamento hoje ainda. Informou que havia aceitado o compromisso, que era pagar 50% do salário e a hora extra. Checamos que houve o pagamento apenas do salário”, explica.
Por causa disso, Osório conta que ainda não há posição definitiva sobre a volta ou não de motoristas e cobradores ao trabalho normal. “A questão ainda está em discussão e a situação, indefinida ainda se vai haver ou não movimento amanhã [quarta-feira] pela manhã”, diz o sindicalista.
Já a Marechal afirma que o pagamento das horas extras estava previsto, desde o início das conversas, para ser realizado apenas nesta quarta-feira (7/10) pela manhã, uma vez que não conseguiu concluir os trâmites nesta terça.
Reviravolta
No final da tarde desta terça-feira, ambas as partes pareciam ter chegado a um acordo, com o próprio diretor do Sindicato dos Rodoviários declarando que a greve terminaria. “O movimento está sendo encerrado, já que a empresa se comprometeu a pagar os 50% restantes do salário e as horas extras do mês anterior”, disse João Osório na ocasião.
Com o impasse, as regiões de Taguatinga, Ceilândia, Águas Claras, Vicente Pires e Estrutural continuam sem ônibus. A Marechal tem 464 veículos no Distrito Federal. Desses, 210 ficaram parados no terminal de Samambaia e 254, em Ceilândia. Cerca de 70 mil passageiros foram afetados pela greve desta terça.
No dia 21 de setembro, trabalhadores da empresa também cruzaram os braços pelos mesmos motivos.