Greve dos rodoviários deve ser decidida nesta segunda (18)
Reunião mediada pelo TRT-10 entre trabalhadores e empresas de ônibus será última tentativa de acordo sobre reajuste salarial
atualizado
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Rodoviários e empresas de ônibus que atuam no Distrito Federal participam de nova rodada de negociação nesta segunda-feira (17/9). A reunião, marcada para as 10h e mediada pelo Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região (TRT-10), deve ser a última tentativa de consenso entre as duas partes sobre o reajuste salarial reivindicado pelos trabalhadores. Caso um acordo não seja alcançado, existe a possibilidade de paralisação.
Durante a reunião desta segunda, será discutida a última proposta apresentada pela desembargadora Maria Regina Machado Guimarães, do TRT-10. O acordo prevê 4,75% de reajuste salarial, 5% de aumento no ticket alimentação, 5,5% na cesta básica, 13,55% no plano de saúde e 13,55% no plano odontológico.
A proposta foi apresentada em audiência realizada na última sexta (15/9), que não gerou consenso. Os trabalhadores reivindicam reajuste salarial com ganho real sobre a inflação, além de aumento no valor de tíquete-alimentação, cesta básica, plano de saúde e plano odontológico.As empresas, no entanto, alegam não ter condições de arcar com aumento superior ao percentual de reposição da inflação, já concedido à categoria em julho.
Caso empresários ou trabalhadores não estejam dispostos a ceder, é grande a chance de que as reivindicações provoquem greve. Em comunicado divulgado após a audiência de sexta (17), o Sindicato dos Rodoviários do DF sinalizou que não está satisfeito com a proposta apresentada pela Justiça:
“O impasse está criado. Não há novas negociações previstas. A direção do sindicato vai se reunir e decidir os próximos passos a ser dado (sic). A categoria deve permanecer mobilizada e atenta aos comandos do sindicato”, afirma o comunicado.
As negociações entre empresas e trabalhadores tiveram início em 28 de agosto, quando a categoria fez uma paralisação geral que deixou mais de 800 mil brasilienses sem ônibus. Desde então, motoristas e cobradores se comprometeram a não fazer mais greve até que encerradas todas as tentativas de acerto com os empregadores.