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Greve dos metroviários chega ao 26º dia e sem previsão de término

Em assembleia realizada nesse domingo (26/05/2019), os servidores do Metrô-DF decidiram continuar com os braços cruzados

atualizado

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Estação Metrô-DF
1 de 1 Estação Metrô-DF - Foto: Daniel Ferreira/Metrópoles

Em assembleia realizada na noite desse domingo (26/05/2019), os metroviários do Distrito Federal decidiram pela manutenção da greve por tempo indeterminado.

Após 26 dias do início do movimento, a Companhia do Metropolitano do DF (Metrô-DF) apresentou, na sexta-feira (24/05/2019), nova proposta para incentivar o retorno ao trabalho dos 1.274 funcionários que decidiram pela paralisação das atividades.

Segundo o Metrô, apesar do esforço feito pelo governo para atender a pauta da categoria, a proposta encaminhada com a renovação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) 2017/2019, na íntegra até 1° de abril de 2020, e o aumento de 4,67% no vale alimentação e no reembolso da parcela do plano de saúde, sequer foi colocada em votação durante a assembleia do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Metroviários do DF (Sindmetrô-DF).

“O posicionamento do SindMetrô foi bastante antagônico ao discurso que sua diretoria vem apresentando nas últimas semanas. Segundo a diretora de Comunicação e Mobilização, Renata Campos, a greve dos metroviários tem, como um dos objetivos, a manutenção do acordo coletivo de trabalho da categoria. No entanto, pela segunda vez consecutiva, o GDF apresenta proposta contemplando a manutenção integral do ACT, e a mesma é rejeitada pelo Sindmetrô”, informou o Metrô, por meio de nota.

“É lamentável que a postura do SindMetrô seja recorrente em não se interessar em negociar com a companhia, tendo conduzido a categoria para a deflagração prematura do movimento grevista, e agora, negando aos empregados do Metrô o direito de decidir sobre seu próprio futuro, rejeitando a proposta do governo, sem que a mesma fosse colocada para deliberação da categoria”, afirmou o presidente do Metrô-DF, Handerson Cabral.

Posicionamento radical
Para o presidente, o posicionamento do sindicato foi bastante radical e autoritário, mas, acima de tudo, desrespeitoso com os servidores do Metrô e com os usuários do transporte público no Distrito Federal.

“Infelizmente, o que o cidadão está enfrentando neste momento tem sido muito mais um instrumento de política para atacar o governo do que necessariamente para defender os interesses dos servidores”, disse Handerson Cabral.

TRT-10
O Metrô-DF e o SindMetrô-DF tentaram negociar, sem sucesso, com intermediação do Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região (TRT-10). A última audiência de conciliação ocorreu em 6 de maio.

Em nota, o TRT-10 informou que a tentativa de solucionar o impasse entre as partes agora depende do ajuizamento de um dissídio coletivo de greve pelo Metrô-DF. Por isso, não há nenhuma nova audiência agendada.

 

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