Empresas de ônibus correm o risco de perder até R$ 30 mi anuais do GDF
Medida faz parte de recomendação da FGV, que auditou contratos do transporte público da capital a pedido do governo
atualizado
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O GDF pode reduzir a tarifa técnica de duas das cinco empresas do sistema de transporte público da capital. Caso a medida seja adotada, a estimativa é cortar as despesas do governo em até R$ 30 milhões por ano. A iniciativa consta em recomendação de auditoria da Fundação Getúlio Vargas (FGV), que realizou um pente-fino nos contratos assinados em 2012 e 2013.
O relatório externo feito pela FGV recomenda que a Pioneira receba 10,29% a menos do governo. Já a redução do repasse da Marechal seria de 7,44%. Por outro lado, a verba do subsídio aumentaria para a Urbi (3,13%) e a São José (5,34%). Não haverá reajuste no acordo firmado com a Piracicabana.
Contudo, a definição e aplicação dos percentuais finais só serão feitas após negociação do GDF com as companhias.
Conforme explicação do secretário de Mobilidade, Fábio Damasceno, o Executivo local espera a manifestação das empresas para aplicar o reajuste, mas já adiantou que as mudanças devem ocorrer no próximo mês. Ainda segundo o titular da pasta, o custo do Estado com o sistema de transporte público é de R$ 1,2 bilhão ao ano.Na prática, porém, não haverá reflexo para os usuários do transporte público no DF, pois, de acordo com o governo, não haverá reajuste nas tarifas cobradas dos passageiros.
Acionadas pela reportagem, as empresas de ônibus não haviam se manifestado até a última atualização deste texto.
A tarifa técnica
O estudo da FGV elaborou uma estimativa de remuneração paga pelo GDF às concessionárias, a chamada tarifa técnica. Ela funciona como espécie de subsídio ao transporte, pago às empresas de acordo com o número de passageiros que usam o sistema diariamente.