Com vagões lotados, moradores de Samambaia pedem mais trens do metrô
Passageiros que saem da Estação Central sentido Terminal de Samambaia estão questionando a divisão dos trens nos horários de pico
atualizado
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Os moradores de Samambaia que utilizam o metrô estão insatisfeitos com a quantidade de trens que ligam o centro de Brasília à região administrativa, principalmente nos horários de pico.
De acordo com a Companhia Metropolitana do DF (Metrô-DF) , no horário de pico a empresa opera com 24 trens, que saem da Estação Central com pequenos intervalos de minutos, sendo sempre dois no sentido Ceilândia e apenas para Samambaia.
Para a vendedora Gabriela Cardoso, 28 anos, a maneira como é feita a divisão dos trens não faz sentido, já que os vagões sentido Samambaia estão sempre lotados. “Todos os dias vou em pé daqui da Rodoviária até a última estação de Samambaia, onde desço. Se eu quiser ir sentada, tenho que esperar o próximo e correr quando as portas se abrem. Isso se eu já estiver esperando perto da porta”, conta.
O cabeleireiro Arthur Silva, 34, que também é usuário da linha Samambaia, não concorda com a divisão adotada pelo Metrô-DF. Para ele, na teoria pode até dar certo, mas na prática, não.
“Uma coisa é você se basear em pesquisa, outra é você viver essa realidade. Tá bom que muita gente vai para Ceilândia, mas tem muita gente que desce e sobe a todo momento nas outras estações e não tá nem aí se é Samambaia ou Ceilândia. Então, eu acho que a divisão tem que ser por igual”, opina.
Menos usuários
O Metrô-DF informou que a divisão das linhas foi baseada em estudos de demanda que mostraram que, em média, a cada três usuários que usam o ramal Ceilândia apenas um utiliza o ramal Samambaia. Por isso, foi adotada a estratégia de circulação chamada de “Y2”, com dois trens para Ceilândia e um para Samambaia nos horários de pico.
Segundo o Metrô-DF, em fevereiro de 2022, a média de usuários por dia ficou em 92.801 passageiros. Em dias de maior circulação, o máximo que chegou foi a 138 mil.
O Metrô-DF disse que está fazendo novos estudos para reavaliar a operação e saber se é necessária alguma mudança. Porém, não há previsão para a aquisição de novos trens.