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Checklist: servidores suspeitos de receber propina são afastados

O afastamento será por 60 dias. Eles são acusados de liberar ônibus que não passaram por vistoria

atualizado

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Operação-Check-List-51
1 de 1 Operação-Check-List-51 - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

A Secretaria de Mobilidade (Semob) afastou por 60 dias os quatro servidores suspeitos de receber propina para liberar ônibus sem fazer vistoria. Carlos Pereira Rosa, Edson Souza de Oliveira, William Ney Rosa da Silva e Williams Fonseca da Cunha foram presos no dia 1º de setembro, em operação conjunta da Polícia Civil e do Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT), batizada de Checklist.

A pasta também instaurou, nesta quarta-feira (13/9), um processo disciplinar para apurar as irregularidades, que tem o mesmo prazo para concluir os trabalhos. As investigações apontam que de cada 54 vistorias realizadas por dia pela equipe da Subsecretaria de Fiscalização, Auditoria e Controle (Sufisa), cinco não seguiam os trâmites legais.

A suspeita é de que o grupo agia no DF há pelo menos três anos. Dependendo do tipo de irregularidade detectada, o preço da propina variava entre R$ 400 e R$ 800, ainda de acordo com a polícia.

Além dos servidores, foram presos o diretor da Coopertran, Marcus Vinicius Lobo, e o motorista Weber de Jesus. Da Cootransp, os acusados de participar do esquema são o encarregado de manutenção Marcos José Alves Pinto e os operadores Francisco Gomes e Marcos Teixeira.

O ex-policial militar de Goiás Valdir Luiz de França, conhecido como Valdizão, também foi preso. Ele seria responsável por uma cooperativa e pagava propina para poder circular. Todos, entretanto, foram liberados no último domingo (10).

Grandes empresas
Na última semana, o Metrópoles revelou que a prisão de um funcionário da Pioneira apontou que as empresas de ônibus também participavam do esquema fraudulento que colocava veículos sem condições de rodar para circular, ameaçando a segurança dos passageiros.

O homem é Marlei Afonso de Almeida. Ele confessou aos investigadores da Coordenação de Repressão aos Crimes contra o Consumidor, à Ordem Tributária e a Fraudes (Corf) que pagava, mensalmente, cerca de R$ 4 mil aos servidores. A prática era antiga e perdurou por anos.

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