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Checklist: Polícia Civil conclui inquérito e indicia 18 pessoas

Materiais apreendidos não deixaram dúvida sobre a existência de uma organização criminosa formada por servidores corruptos, diz PCDF

atualizado

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1 de 1 Operação-Check-List-6 - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

A Polícia Civil concluiu o relatório da Operação Checklist e indiciou 18 pessoas que teriam envolvimento no esquema de pagamento de propina para servidores da Secretaria de Mobilidade liberarem ônibus de cooperativas sem a fiscalização adequada. A investigação é da Coordenação de Repressão aos Crimes contra o Consumidor, à Ordem Tributária e a Fraudes (Corf). A Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público e Social (Prodep), que também atua no caso, ainda vai oferecer a denúncia à Justiça.

Depoimentos dos presos e os materiais apreendidos não deixaram dúvida para os investigadores sobre a existência de uma organização criminosa formada por empresas e servidores corruptos. O esquema, segundo as apurações, estava “enraizado” na atividade de vistoria. Comprovantes de transferências bancárias e interceptações telefônicas também ajudaram a materializar as denúncias.

Francisco dos Santos Carneiro, Francisco Gomes da Silva, José Nacelio Figueredo, José Vilamar Carneiro, Márcia Gisely da Costa Vale, Marcos José Alves Pinto, valdir Luiz de França, Marcos vinícius Queiroz e Weber de Jesus Souza, presos na primeira fase da operação, foram indiciados por corrupção ativa e organização criminosa.

Os servidores Willian Ney Rosa da Silva, Carlos Pereira Rosa, Edson Sousa de Oliveira e Williams Fonseca da Cunha responderão por corrupção passiva e organização criminosa. No decorrer das investigações, os policiais encontraram indícios de que outras pessoas participavam do esquema criminoso, entre eles, funcionários da empresa de transporte Pioneira, como o Metrópoles já havia antecipado. São eles: Alexandre Alcides Neto, José Marley de Oliveira, Hugo Favacho da Rosa e Enver Conceição Cardoso Soares. Eles acabaram indiciados por corrupção ativa e organização criminosa.

Entenda
Os fiscais pediam propina para liberar o Selo de Vistoria, que autoriza os veículos rodarem. O documento indica que os ônibus estavam com pneus, óleo, freios, catracas e motor em boas condições. Durante a operação, foram apreendidas duas armas de fogo, um carro, R$ 10,7 mil em dinheiro e um cofre.

“Conforme se depreende dos relatórios acostados e das degravações feitas, não se tem mais dúvidas de que o caso é de uma articulada organização criminosa para a prática reiterada e habitual de delitos contra a administração pública”, explicou o promotor de Justiça Fábio Nascimento no dia da operação.

Um dos alvos, foi o ex-policial militar de Goiás Valdir Luiz de França, conhecido como Valdizão. De acordo com o delegado Robson Almeida, ele seria responsável por uma cooperativa e pagava propina para poder circular. Os servidores suspeitos são William Ney Rosa da Silva, Carlos Pereira Rosa, Edson Souza de Oliveira e Williams Fonseca da Cunha.

Outros alvos da primeira fase da operação foram o diretor da Coopertran, Marcus Vinicius Lobo, e o motorista Weber de Jesus. Da Cootransp, os acusados de participar do esquema são o encarregado de manutenção Marcos José Alves Pinto e os operadores Francisco Gomes e Marcos Teixeira.

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